segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Loxoro

Loxoro:



Já há vários anos que conheço a obra do escritor peruano Mario Vargas Llosa. Nos seus livros este autor costuma ter histórias individuais com eventos históricos e foi com isso que conheci alguma da realidade peruana. A realizadora de Loxoro, Claudia Llosa, é sobrinha do grande escritor e faz com os seus filmes um trabalho semelhante. Em La Teta Asustada mostra o Perú rural e com Loxoro dá-nos a conhecer a realidade transexual da capital do país, Lima.

Não é a primeira vez que digo que no formato de curta-metragem o drama não funciona tão bem. O ser humano necessita de tempo para sentir empatia e sem empatia pelos protagonistas não se consegue contar uma história tão triste como esta. A busca de Makuti pela sua "filha" Mia seria perfeita para uma eventual longa que, se alguma vez existir, me terá como espectador.

Isto porque fiquei bastante impressionado com o estilo de realização. Claudia Llosa mostra uma grande proximidade com a realidade que retrata (fruto de muita investigação, de certeza) e as dificuldades por que aquela comunidade tem de passar (ao ponto de terem de falar numa língua própria, o Loxoro que dá nome ao filme) são tristemente perfeitas para um filme, mas por agora só temos mesmo uma pequena introdução.

Loxoro ganhou o Teddy Award para melhor curta-metragem com temática LGBT. Espero que daqui a uns anos uma longa com o mesmo tema possa ganhar prémio semelhante.

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