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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Friends with Benefits

Friends with Benefits:

Aqui há um ou dois meses estreou um filme com o Ashton Kutcher e a Natalie Portman. Chama-se No Strings Attached e é tão, mas tão parecido com o Friends With Benefits que quando procurei por um no IMDB aterrei no outro. Não o vou poder comparar com este porque não o vi, mas se a história é semelhante posso arriscar dizer que não é grande espingarda.

Friends With Benefits é a expressão americana para amigos coloridos e ao mesmo tempo um eufemismo fuck buddies. É isso que Dylan e Jamie começam por ser e é por aí que o filme começa. Podia ser uma coisa boa, uma espécie de anti-comédia romântica (como lhe chama a Empire, numa crítica mais positiva que a minha) em que os seus protagonistas já viram muitos filmes da Katherine Heigl e identificam as situações que lhes vão acontecendo, mas...mas há sempre um mas.

Mas a dada altura a história parece que entra nuns carris daqueles da Scalextric e o que poderia ser uma fuck-com (novo género cinemático?) leve mas divertida torna-se numa rom-com altamente previsível e aborrecida, em que a única coisa que não vimos já quinhentas vezes é a sub-história da família de Dylan em Los Angeles, desnecessária e penosa, quando o ainda não casalinho maravilha vai passar o 4 de Julho junto ao mar.

Muito se tem dito sobre a química que existe entre o Justin Timberlake e a Mila Kunis (alguém sabia que ela é ucraniana?). Dizem que é o que faz o filme sobressair e que, fossem outros os actores a interpretar o casal maravilha, o filme já não funcionaria tão bem. Permitam-me discordar, caros leitores, a Mila Kunis vai muito bem (se bem que não sou neutro, já aqui disse que gosto dela) mas o Justin não se safa senão numa cena em que goza com o "personagem" que ele próprio era quando fazia parte dos 'N Sync. O rapaz portou-se muito bem no The Social Network mas aqui não me agradou minimamente, quem diz que ele tem futuro neste tipo de filmes está certo, mas só porque estes filmes são muito pouco exigentes.

No final de contas não é um filme tão doloroso de se ver como o último que analisei, dá para ver num dia em que se queira desligar o cérebro mas não nos leva absolutamente a lado nenhum, nem sequer ao riso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Easy A + This Film is Not Yet Rated

Easy A:



Uma adolescente de um qualquer liceu do Orange County está farta de ser invisível perante os seus colegas. Por motivos que não têm nada a ver com essa invisibilidade (embora as manobras promocionais do filme o queiram dar a entender) finge que já teve sexo, e logo com um estudante universitário (!). Daí começam os boatos e ela resolve aproveitar a fama de putéfia (que, no final de contas, acaba mesmo por ser) para ganhar popularidade e, porque não?, alguns trocos.

Resolvi ver este filme porque já tinha lido em vários sítios que era a "comédia adolescente definidora desta geração", tal como o American Pie e o Clueless já o tinham sido das anteriores.

Acontece que ao contrário desses dois, este Easy A não tem o mínimo de originalidade e, honestamente, não merece estar na mesma lista. Não que os outros dois sejam grandes obras de arte, que não são, mas pelo menos têm piada e de certa forma são realmente marcantes.

Aqui a única coisa marcante é a actriz principal, Emma Stone. Não só é a única interpretação digna de nota, como fiquei com vontade de a ver mais vezes. O resto é cliché atrás de cliché e muito poucas piadas. Não vale a pena perder tempo a ver.



This Film is Not Yet Rated:



No passado mês de Abril disse em relação ao The September Issue que era o primeiro filme que vi em duas metades e ambas em aviões. Este é o segundo, mas com menos piada porque foi na ida e na volta da mesma viagem e não a caminho de dois continentes diferentes.

Dito isto, falemos do filme.

Quem são as pessoas que, nos EUA, decidem as classificações dos filmes? Nunca tinha pensado nisso e vocês provavelmente também não. Se me perguntassem isso antes de ver o filme eu diria que era a MPAA, uma entidade oficial com representantes da indústria...e seria parcialmente mentira. É a MPAA, realmente, mas é uma entidade privada com membros secretos que têm mais afiliação religiosa que cinemática.

Neste documentário o realizador propõe-se a expor esta entidade. Consegue-o mas não me conseguiu deixar muito interessado. Vemos as suas tentativas de contacto directo com a MPAA, as detectives privadas que contrata para conseguir revelar os nomes dos seus membros e, a melhor parte do filme, alguns exemplos comparativos de filmes que foram considerados demasiado agressivos (a nível de violência ou sexualidade) e filmes que não o foram...com algumas surpresas.

Foi esse mesmo o ponto mais interessante do filme, porque tudo o resto é tratado de uma forma demasiado leve e ao mesmo tempo militante. O tema é interessante (uma diferente classificação pode significar diferenças de milhões em termos de facturação) mas merecia ser tratado com maior qualidade.