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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

New Moon + Avatar

New Moon:



Ai ai ai ai...o que é que eu posso dizer sobre este filme, o segundo da saga Twilight? Bem, posso começar por ser simpático e dizer que tem uma banda sonora razoável.

De resto não consegui gostar minimamente de nada. "Nadinha de nada?", perguntam vocês. Nadinha de nada! A história é básica, inferior ao target adolescente que procura atingir (ou isso ou dou-me com os adolescentes errados), as actuações só não são más porque são péssimas (então os dois protagonistas masculinos, Edward e Jacob, deviam ser relegados para os Morangos com Açúcar série de Verão e não serem convidados para ficar na versão regresso às aulas!), mau mau mau mau. Já disse que é mau? É! É muito mau.

Mas há coisas boas: uma para a humanidade em geral - já falta menos um filme para esta saga acabar - e outra para pessoas com um fetiche (preocupante, a meu ver) por rapazes em tronco nu - diria que nos 130 minutos do filme cerca de 129 contam com um "wolfboy" a mostrar os abdominais em situações que não o justificam.

Devo confessar que tinha a ideia que esta série de livros e filmes seria um Harry Potter mais manhoso e mais direccionado a raparigas, mas nunca imaginei quão diferentes podiam ser. Nunca li os livros nem de um nem de outro, mas no que toca a filmes o Harry e os seus amigos dão uma coça monumental a estes vampiros deprimidos e brilhantes (sim, porque eles brilham...não no escuro mas ao Sol).



P.S.: Desculpa, Lara ;)


Avatar:



A promoção deste filme apresentava-o como game-changer (i.e., nunca mais o cinema será o mesmo) e referia-se várias vezes ao Titanic, o último filme do James Cameron e - para mim - o exemplo clássico de filme que se baseia em clichés e grandes efeitos visuais para conquistar o público e a crítica.

Acho que é esta segunda referência que está mais acertada. O Avatar é precisamente isso: um filme que, se não nos distraíssemos com os efeitos visuais, pouco ou nada tem de conteúdo original. E ainda por cima é um copy/paste de fraca qualidade...aqui é um soldado humano que se apaixona pela raça alienígena que deveria infiltrar, estudar e trair e - claro - decide lutar contra os mauzões, que neste caso são os terráquios.

Muito se tem discutido esta vertente do filme, sobretudo nos EUA (where else?)...diz-se que é um filme anti-americano, e que mostra as actividades humanas numa perspectiva parecida ao colonialismo. É verdade que o faz, mas também não deixa de ser verdade que se tal comportamento fosse real seria altamente censurável. Mas todas estas questões seriam mais relevantes se a história fosse interessante, mas não o é.

Ficamos, por isso, com o aspecto técnico. É verdade que o cinema nunca mais será o mesmo? Na minha opinião vai continuar a ser o mesmo. ("E o que é que a minha opinião me interessa?", pergunta o leitor; "Olha, se não importasse não me lias", retorque o escriba na sua linguagem cuidada e coloquial ao mesmo tempo que pensa "Sou importante").

Um aviso importante: este filme tem de ser visto em 3D. Está nas salas a versão 2D mas não contem com ela. Foi feito para ser visto com os óculos maravilha e é com os óculos maravilha que o devem ver.

O problema é que o 3D é, de facto, o melhor que já vi mas não é assim tão marcante que me faça apaixonar por este formato e pensar que nunca mais quero ver filmes sem os óculos do Stevie Wonder.

Mais impressionante que o 3D é a qualidade do CGI...está uns quantos passos acima do costume, mas mais uma vez não me deixou maravilhado. É extremamente realista, mas o mundo de Avatar é demasiado cartoon para o meu gosto. Gosto mais dos efeitos que, por exemplo, foram usados na trilogia do Senhor dos Anéis...aí mesmo as criaturas inventadas são mais "sujas", mais reais.

Como dizia um crítico que li recentemente (colega, desculpa não te citar, mas esqueci-me quem és) é mau sinal quando na crítica de um filme se fala quase exclusivamente na parte técnica. Sou forçado a concordar...se descontarmos os efeitos especiais estamos perante um filme mediano e que não atrairia ninguém aos cinemas. (Iriam ver um filme em que um soldado português na guerra colonial se apaixona pela cultura de uma qualquer tribo moçambicana e resolve lutar por, e não contra, eles??? Eu iria, por acaso, mas eu não sou exemplo porque - perdoe-se a expressão - papo tudo)

Assim, efeitos especiais incluídos, ficamos com um filme pipoca decente, que deve estar perto de conseguir o seu objectivo ... encher os bolsos do James Cameron e da 20th Century Fox, pelo menos as salas têm estado a abarrotar.