domingo, 5 de dezembro de 2010

Easy A + This Film is Not Yet Rated

Easy A:



Uma adolescente de um qualquer liceu do Orange County está farta de ser invisível perante os seus colegas. Por motivos que não têm nada a ver com essa invisibilidade (embora as manobras promocionais do filme o queiram dar a entender) finge que já teve sexo, e logo com um estudante universitário (!). Daí começam os boatos e ela resolve aproveitar a fama de putéfia (que, no final de contas, acaba mesmo por ser) para ganhar popularidade e, porque não?, alguns trocos.

Resolvi ver este filme porque já tinha lido em vários sítios que era a "comédia adolescente definidora desta geração", tal como o American Pie e o Clueless já o tinham sido das anteriores.

Acontece que ao contrário desses dois, este Easy A não tem o mínimo de originalidade e, honestamente, não merece estar na mesma lista. Não que os outros dois sejam grandes obras de arte, que não são, mas pelo menos têm piada e de certa forma são realmente marcantes.

Aqui a única coisa marcante é a actriz principal, Emma Stone. Não só é a única interpretação digna de nota, como fiquei com vontade de a ver mais vezes. O resto é cliché atrás de cliché e muito poucas piadas. Não vale a pena perder tempo a ver.



This Film is Not Yet Rated:



No passado mês de Abril disse em relação ao The September Issue que era o primeiro filme que vi em duas metades e ambas em aviões. Este é o segundo, mas com menos piada porque foi na ida e na volta da mesma viagem e não a caminho de dois continentes diferentes.

Dito isto, falemos do filme.

Quem são as pessoas que, nos EUA, decidem as classificações dos filmes? Nunca tinha pensado nisso e vocês provavelmente também não. Se me perguntassem isso antes de ver o filme eu diria que era a MPAA, uma entidade oficial com representantes da indústria...e seria parcialmente mentira. É a MPAA, realmente, mas é uma entidade privada com membros secretos que têm mais afiliação religiosa que cinemática.

Neste documentário o realizador propõe-se a expor esta entidade. Consegue-o mas não me conseguiu deixar muito interessado. Vemos as suas tentativas de contacto directo com a MPAA, as detectives privadas que contrata para conseguir revelar os nomes dos seus membros e, a melhor parte do filme, alguns exemplos comparativos de filmes que foram considerados demasiado agressivos (a nível de violência ou sexualidade) e filmes que não o foram...com algumas surpresas.

Foi esse mesmo o ponto mais interessante do filme, porque tudo o resto é tratado de uma forma demasiado leve e ao mesmo tempo militante. O tema é interessante (uma diferente classificação pode significar diferenças de milhões em termos de facturação) mas merecia ser tratado com maior qualidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário