Respondendo logo à pergunta: não, não merecia o Óscar. Na minha opinião, roubaram a Gabourey Sidibe para o dar à Sandra Bullock, uma espécie de Robin Hood ao contrário. Sim, Robin Hood. Robin Hood porque onde o Precious trata de pobreza real, crua e feia, neste The Blind Side a pobreza é falsa, polida e quase que romantizada.
Mas avancemos com a SMR. Devo confessar que achei o filme melhor do que estava à espera, mas não deixa de ser um trabalho genérico, daqueles perfeitos para passar pela TVI num qualquer Domingo à tarde.
A história é sobejamente conhecida...Big Mike (Quiton Aaron) é um jovem negro (ou afro-americano, como a brigada do politicamente correcto preferiria) com um background de pobreza, droga e violência. Nunca se percebe bem como, mas é retirado à família e cai quase de pára-quedas (numa das muitas questões que teria dado jeito terem explorado mais a fundo) numa escola privada, onde estudam os filhos de Leigh Anne Tuohy (sim, a nossa Sandrinha), uma mulher sulista com o chamado pelo na venta e que o decide adoptar.
A partir daí acompanhamos as relações familiares dos Tuohy's, mas infelizmente tal nunca é feito com uma profundidade minimamente satisfatória. Vamos acompanhando a sua evolução no futebol americano (o verdadeiro Michael Oher ainda hoje é um jogador da NFL) mas todo o avançar do filme é despachado e são raros os momentos em que nos sentimos próximos daquele bom gigante.
A história é sobejamente conhecida...Big Mike (Quiton Aaron) é um jovem negro (ou afro-americano, como a brigada do politicamente correcto preferiria) com um background de pobreza, droga e violência. Nunca se percebe bem como, mas é retirado à família e cai quase de pára-quedas (numa das muitas questões que teria dado jeito terem explorado mais a fundo) numa escola privada, onde estudam os filhos de Leigh Anne Tuohy (sim, a nossa Sandrinha), uma mulher sulista com o chamado pelo na venta e que o decide adoptar.
A partir daí acompanhamos as relações familiares dos Tuohy's, mas infelizmente tal nunca é feito com uma profundidade minimamente satisfatória. Vamos acompanhando a sua evolução no futebol americano (o verdadeiro Michael Oher ainda hoje é um jogador da NFL) mas todo o avançar do filme é despachado e são raros os momentos em que nos sentimos próximos daquele bom gigante.
Big Mike é realmente gigante, e também é bom, mas - e isto foi das coisas que mais me irritou no filme - também é mostrado como se fosse quase um atrasado mental. Há uma cena que me fez lembrar um episódio do Esquadrão Classe A em que o B.A. adormece sempre que ouve a palavra eclipse...aqui, o Big Mike não sabe jogar futebol, mas assim que ouve a palavra "família" ou "confiança" torna-se um candidato a MVP. Será por isso que o Michael Oher verdadeiro não gostou da forma como foi interpretado?
The Blind Side é um filme que não veria se não fosse pelo Óscar, um filme que confirmou que o Óscar não é merecido (até o puto Jae Head, que faz de filho da Sandra Bullock, tem uma interpretação mais marcante...e irritante) e um filme que podem bem esperar para ver numa ocasião em que não tenham realmente mais nada que fazer.
Date Night:
Steve Carrel e Tina Fey são, actualmente, dos melhores representantes da comédia norte-americana. Tê-los juntos é praticamente suficiente para vender um filme, e este Date Night sabe disso.
É por saber que não era preciso terem grande argumento para vender o filme que o filme, adivinharam, não tem grande argumento. Em Date Night eles são o casal Foster que, por causa de uma série de eventos um bocado a dar para o irrelevante, são confundidos pelo casal Triplehorn. O problema é que o casal Triplehorn anda a ser perseguido por uns mafiosos, por causa de uma série de coisas um bocado a dar para o irrelevante, e assim este Date Night torna-se, ao contrário do que o nome poderia indiciar, um filme de perseguições e gangsters.
E ainda bem! Porque a parte "familiar" deste filme é, de longe, o seu elo mais fraco...ao ponto de a dada altura (e quem vir o filme vai perceber o que estou a falar) entrar por uma perseguição adentro e destruir completamente o ritmo do filme.
Mas disse ali em cima e mantenho o que disse: numa comédia com o Steve Carrel e a Tina Fey o argumento não interessa lá muito, já que ao longo dos 88 minutos deste (curto) filme lá nos vamos rindo com uma série de cenas (improvisadas?) que estão naquele contexto mas poderiam estar em tantos outros. E mesmo as cenas com os convidados mais famosos (Mark Wahlberg, James Franco e Mila Kunis), que são dos pontos mais altos do filme, servem para adiantar a história mas poderiam ser inseridas noutro argumento qualquer.
Digo convidados porque este Date Night é mesmo um filme de e para os dois protagonistas. Tem o mérito de ter a melhor conjugação entre um strip-tease e uma robot dance de sempre, mas de resto é - como julgo que já disse - genérico. Uma comédia divertida, mas que não atinge o patamar (elevado) em que as expectativas colectivas a tinham colocado.
vou seguir a tua sugestãoem relação ao The Blind Side, vai directamente para o fundo da minha lista de filmes já sacados. o Date Night não vai chegar sequer à lista de downloads lol.
ResponderExcluirNo meu caso seria mais o Date Night para o fundo do baú e o Blind Side esperar pela TVI, haha
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