ATENÇÃO: Este post é relativo ao dia 12 de Maio, não o publiquei antes porque o Blogger este offline uma data de tempo!
O que há de novo no amor?:
Há noites em que nada parece correr bem. Vejamos o que ontem correu mal.
A sala: Já aqui o disse várias vezes, adoro o cinema São Jorge e em particular a sala 1, provavelmente a maior sala de cinema do país. Neste caso, o problema é que a sala, apesar de renovada, é velha. E não tem ar condicionado (ou, tendo-o, é demasiado fraco para aquele tamanho). E a sala, com 500/600 lugares estava esgotada. E estava muito calor.
A sessão: Bem sei que era a estreia mundial deste filme. Bem sei que o filme tem 6 (seis) realizadores (mas já lá vamos) e todos queriam fazer os seus agradecimentos. Bem sei que os actores poderiam ser chamados ao palco para receber os aplausos. Bem sei que ia haver atrasos. Mas um atraso de mais de meia a hora começa a ser intolerável! Para aqueles que, como eu, vão ao cinema pelos filmes e não pelas cerimónias o facto de uma sessão marcada para as 21h45 começar só depois das 22h15 tem consequências chatas. A consequência ontem foi ter perdido o Finisterrae à meia noite, um filme que tinha mais interesse em ver e que decerto é melhor. E sim, podia ter saído a meio..mas eu não saio a meio de filmes.
A SMR: Quando cheguei a casa o Blogger estava em "Read-only mode" e é por isso que só agora é que estão a ler isto. Mas passemos então ao mais importante...
O filme: Queria tanto gostar deste filme. É que queria mesmo! Trata-se de um projecto jovem, um conceito original q.b. e é um filme português sem a sobranceria típica dos filmes portugueses. Eu queria, mas não consigo gostar.
A questão de ser feito por 6 realizadores vai ser, de certeza, o ponto mais falado quando estrear comercialmente, mas mesmo que não se considere que isso é pouco mais que um gimmick não se pode dizer que acrescente o que quer que seja. Só retira, na verdade: notam-se os estilos diferentes mas a opção de tentar manter uma história única em vez de vários segmentos tipo New York, I Love You foi uma opção errada, a meu ver, porque - para usar uma expressão antiga - não é carne nem é peixe: as histórias entrecruzam-se o suficiente para serem uma só mas os saltos que o filme dá acabam por fazer com que nenhum dos personagens, e as suas histórias, tenha um princípio, meio e fim.
Apesar de tudo a realização é o menor dos problemas desta obra: muito piores são o argumento e as interpretações, à excepção de Joana Santos, que faz de Rita.
Uma das piores coisas que podem acontecer a um argumento é provocar o riso em momentos não cómicos. Em O que há de novo no amor? isso acontece várias vezes e é perfeitamente compreensível, quanto temos frases como esta, dita por um jovem bué rebelde que vive numa casa okupada onde decorre a pior festa de hip-hop da história da humanidade: "Sabes, as pessoas vêm aqui e pensam que esta casa é diferente e ficam todas malucas. Só que eu vivo aqui e vejo que é diferente, é tudo uma ilusão...as pessoas nem sequer se olham nos olhos. Mas tenho bué carinho por essas pessoas e por esta casa, caso contrário não vivia aqui".
Face a isto ou choramos, ou rimos, ou vamo-nos embora (o que muita gente fez e eu não fiz - para ir ver o Finisterrae - porque por princípio não saio de filmes a meio).
O elenco é todo jovem, numa onda Morangos com Açúcar (em termos de idade e estilos) e o nível também é parecido, com a excepção que já referi antes. Estes Morangos são é sem açúcar, não porque são piores (que não são) mas porque o ritmo é muito mais lento (demasiadamente lento, por vezes) e menos capaz de provocar uma crise de hiperglicémia.
No início da sessão um dos directores do festival referiu que gostava que este filme tivesse sucesso em sala quando estrear comercialmente. Para esse efeito, pediu-nos para "passarmos palavra" aos nossos contactos. Eu gostava de o poder fazer, porque admiro a coragem que todos os envolvidos tiveram em fazer isto e estreá-lo na sala mais mítica do país, mas de boas intenções está o inferno cheio e se querem ter sucesso vão ter de se esforçar mais e produzir algo com mais qualidade.
O que há de novo no amor?:
Há noites em que nada parece correr bem. Vejamos o que ontem correu mal.
A sala: Já aqui o disse várias vezes, adoro o cinema São Jorge e em particular a sala 1, provavelmente a maior sala de cinema do país. Neste caso, o problema é que a sala, apesar de renovada, é velha. E não tem ar condicionado (ou, tendo-o, é demasiado fraco para aquele tamanho). E a sala, com 500/600 lugares estava esgotada. E estava muito calor.
A sessão: Bem sei que era a estreia mundial deste filme. Bem sei que o filme tem 6 (seis) realizadores (mas já lá vamos) e todos queriam fazer os seus agradecimentos. Bem sei que os actores poderiam ser chamados ao palco para receber os aplausos. Bem sei que ia haver atrasos. Mas um atraso de mais de meia a hora começa a ser intolerável! Para aqueles que, como eu, vão ao cinema pelos filmes e não pelas cerimónias o facto de uma sessão marcada para as 21h45 começar só depois das 22h15 tem consequências chatas. A consequência ontem foi ter perdido o Finisterrae à meia noite, um filme que tinha mais interesse em ver e que decerto é melhor. E sim, podia ter saído a meio..mas eu não saio a meio de filmes.
A SMR: Quando cheguei a casa o Blogger estava em "Read-only mode" e é por isso que só agora é que estão a ler isto. Mas passemos então ao mais importante...
O filme: Queria tanto gostar deste filme. É que queria mesmo! Trata-se de um projecto jovem, um conceito original q.b. e é um filme português sem a sobranceria típica dos filmes portugueses. Eu queria, mas não consigo gostar.
A questão de ser feito por 6 realizadores vai ser, de certeza, o ponto mais falado quando estrear comercialmente, mas mesmo que não se considere que isso é pouco mais que um gimmick não se pode dizer que acrescente o que quer que seja. Só retira, na verdade: notam-se os estilos diferentes mas a opção de tentar manter uma história única em vez de vários segmentos tipo New York, I Love You foi uma opção errada, a meu ver, porque - para usar uma expressão antiga - não é carne nem é peixe: as histórias entrecruzam-se o suficiente para serem uma só mas os saltos que o filme dá acabam por fazer com que nenhum dos personagens, e as suas histórias, tenha um princípio, meio e fim.
Apesar de tudo a realização é o menor dos problemas desta obra: muito piores são o argumento e as interpretações, à excepção de Joana Santos, que faz de Rita.
Uma das piores coisas que podem acontecer a um argumento é provocar o riso em momentos não cómicos. Em O que há de novo no amor? isso acontece várias vezes e é perfeitamente compreensível, quanto temos frases como esta, dita por um jovem bué rebelde que vive numa casa okupada onde decorre a pior festa de hip-hop da história da humanidade: "Sabes, as pessoas vêm aqui e pensam que esta casa é diferente e ficam todas malucas. Só que eu vivo aqui e vejo que é diferente, é tudo uma ilusão...as pessoas nem sequer se olham nos olhos. Mas tenho bué carinho por essas pessoas e por esta casa, caso contrário não vivia aqui".
Face a isto ou choramos, ou rimos, ou vamo-nos embora (o que muita gente fez e eu não fiz - para ir ver o Finisterrae - porque por princípio não saio de filmes a meio).
O elenco é todo jovem, numa onda Morangos com Açúcar (em termos de idade e estilos) e o nível também é parecido, com a excepção que já referi antes. Estes Morangos são é sem açúcar, não porque são piores (que não são) mas porque o ritmo é muito mais lento (demasiadamente lento, por vezes) e menos capaz de provocar uma crise de hiperglicémia.
No início da sessão um dos directores do festival referiu que gostava que este filme tivesse sucesso em sala quando estrear comercialmente. Para esse efeito, pediu-nos para "passarmos palavra" aos nossos contactos. Eu gostava de o poder fazer, porque admiro a coragem que todos os envolvidos tiveram em fazer isto e estreá-lo na sala mais mítica do país, mas de boas intenções está o inferno cheio e se querem ter sucesso vão ter de se esforçar mais e produzir algo com mais qualidade.
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