The Private Lives of Pippa Lee:
De vez em quando surgem-nos filmes muito pouco conhecidos, que vemos quase por acaso mas dos quais ficamos fãs. The Private Lives of Pippa Lee foi um destes casos, tal como já foram no passado o We Don't Live Here Anymore e outro cujo nome não me lembro mas cujo poster tem um livro vermelho e - penso - tem a palavra stories lá pelo meio. (Dou uma pastilha elástica a quem me lembrar qual é esse filme, estou assim tão curioso)
Aqui, acima de tudo, seguimos uma história de vida diferente (e mais completa) do que a que imaginariamos ao conhecer a senhora Pippa Lee pela primeira vez. Sim, porque a Pippa para além de ter um nome estranho (mas fino, ainda deve ser da família da Bibá Pitta) era uma grande maluca...e quem é que imaginaria isso ao vê-la nas primeiras cenas do filme.
O que ela fez ou deixa de fazer não é assim tão relevante, o que me agradou neste filme foi mostrar que nem todas as donas de casa que se vêm nos filmes/séries americanas têm como história de vida a busca incessante pela melhor tarte de maçã. Têm razões (mais ou menos positivas, não me cabe a mim julgar) para terem chegado àquela ponto, neste caso a uma típica comunidade de reformados
Sim, eu sei que o Desperate Housewives faz isso. Sim, eu sei que a temática não anda assim tão longe do Revolutionary Road. Mas gostei mais deste, o que é que querem. E nem estou a dizer isto para impressionar uma miúda, numa de fingir que sou artístico...apenas gosto de filmes mais indiezinhos, parecem-me mais reais.
E como é que se consegue um filme indiezinho (acho que vou registar este novo estilo cinematográfico) com actores como a Winona Ryder (a melhor interpretação do filme) ou o Keanu Reeves? É uma questão de atitude? Deve ser, porque todo o filme tem uma aura muito low-profile que me agrada bastante.
Ainda assim é um filme que me é dificil de definir. Saí da sala bastante satisfeito com esta "pérola" que tinha descoberto, mas actualmente (poucos dias depois) já não me sinto assim tão marcado por ele. Não sei se resistirá à passagem do tempo, mas sei que a tatuagem que meteram no Keanu Reeves deveria ter criado resistências a quem a achou uma boa ideia.
Mujeres al borde de un ataque de nervios:
Não há melhor maneira de começar o 2010 cinéfilo que com um Almodóvar colheita de 1988.
Já é um filme antigo, mas resolvi vê-lo porque o último dele, o Los Abrazos Rotos repete uma cena deste filme e não queria deixar de ver o original. Mujeres al borde de un ataque de nervios é um filme tipicamente deste realizador, cheio de mulheres neuróticas, de cores garridas e planos curiosos. É um filme em que podemos ver alguns traços largos do que Almodóvar veio a explorarar em filmes futuros.
É também por isso que, se calhar, não gostei tanto. O que aqui é resultado de coincidências, em histórias mais recentes foi refinado com argumentos mais completos, as cores são agora mais garridas e os planos curiosos mais ousados. As mulheres continuam neuróticas, mas agora também já somos brindados com homens mais aprofundados que os que aqui vemos.
Já há muito que acho que apesar dos bons filmes serem intemporais a melhor altura para os ver é quando são feitos. Este é um bom exemplo, se o tivesse visto na altura teria ficado mais agradado que agora, depois de já ter visto que o mesmo realizador consegue fazer melhor.
E está feito...este foi o primeiro post do ano. E já agora vejam o novo logotipo aqui do espaço, não há mais King Kong para ninguém.
Não gostei muito do Pippa Lee :/ Não que fosse mau mas pq nao me fez sentir qualquer click...
ResponderExcluirNem da tatuagem do Keanu?
ResponderExcluirSó as camisas do Keanu!
ResponderExcluirAs camisas só me lembro que eram à lumber jack, a tatuagem era à mau gosto do caraças
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