Os hypes são uma coisa lixada. Quando um filme entra nessa espiral de elogios só há duas saídas: ou é tão bom que consegue superar as (grandes) expectativas criadas ou, como é mais comum, cede ao peso do que já foi dito e - por muito bom que seja - acaba por nos deixar um sentimento de "podia ser melhor".
Não vou esconder, para mim é este o caso do Up in the Air. Tanta conversa sobre ser o principal candidato aos Óscares e ser o "papel de uma vida" para o George Clooney, aliado ao ser o novo filme do Jason Reitman (de quem tinha gostado muito de dois filmes anterior, o Juno e o Thank You For Smoking) deixou-me com bastantes expectativas e não, não as conseguiu superar.
Não é que o filme seja mau, que não é. Mas o que tinha imaginado como um filme diferente sobre um homem que escolhe a solidão como meio de vida, acaba por ser um muito pouco original sobre um homem que inicialmente é solitário mas que não se demora muito a cair numa paixão daquelas "do cinema" e subitamente descobre que, se calhar, a vida tem mais a oferecer que a acumulação de milhas.
A pouca originalidade que existe neste filme reside na inversão dos papeis do costume. Não querendo revelar demais, parece-me que se os personagens se invertessem a história era vista como mais uma de muitas, assim sempre parece mais original. Para além disto, ainda há um ou outro cliché que me fizeram pensar "oh não", mas felizmente nada de grave.
De entre os pontos mais fortes do filme temos a química inicial entre o Clooney e a sua leading lady, Vera Farmiga. Enquanto a relação deles é desprovida da chamada lamechice eles fluem bastante bem e é pena que depois as coisas se deteriorem um pouco. Para além disso, também se fala muito deste assunto, o filme saiu no momento certo...apesar de ter sido escrito antes da crise (pelo menos é o que os argumentistas dizem) só agora, com milhares de pessoas a serem despedidas diariamente, é que um filme em que dois dos três principais personagens têm como profissão despedir outros poderia ser verdadeiramente adequado.
Mas até aqui penso que o filme podia ser melhorzinho. O tema podia ter sido explorado mais a fundo, e não apenas usado como mero pretexto para meter o George Clooney a andar de avião.
Agora façam vocês o vosso julgamento, será que sou eu que sou louco e tinha ideias erradas sobre o filme antes de o ver? Não sei mas, como já disse, achei-o demasiado normal para merecer tanta atenção. A minha recomendação é mesmo que o vejam, mas não esperem nada de genial.
Não vou esconder, para mim é este o caso do Up in the Air. Tanta conversa sobre ser o principal candidato aos Óscares e ser o "papel de uma vida" para o George Clooney, aliado ao ser o novo filme do Jason Reitman (de quem tinha gostado muito de dois filmes anterior, o Juno e o Thank You For Smoking) deixou-me com bastantes expectativas e não, não as conseguiu superar.
Não é que o filme seja mau, que não é. Mas o que tinha imaginado como um filme diferente sobre um homem que escolhe a solidão como meio de vida, acaba por ser um muito pouco original sobre um homem que inicialmente é solitário mas que não se demora muito a cair numa paixão daquelas "do cinema" e subitamente descobre que, se calhar, a vida tem mais a oferecer que a acumulação de milhas.
A pouca originalidade que existe neste filme reside na inversão dos papeis do costume. Não querendo revelar demais, parece-me que se os personagens se invertessem a história era vista como mais uma de muitas, assim sempre parece mais original. Para além disto, ainda há um ou outro cliché que me fizeram pensar "oh não", mas felizmente nada de grave.
De entre os pontos mais fortes do filme temos a química inicial entre o Clooney e a sua leading lady, Vera Farmiga. Enquanto a relação deles é desprovida da chamada lamechice eles fluem bastante bem e é pena que depois as coisas se deteriorem um pouco. Para além disso, também se fala muito deste assunto, o filme saiu no momento certo...apesar de ter sido escrito antes da crise (pelo menos é o que os argumentistas dizem) só agora, com milhares de pessoas a serem despedidas diariamente, é que um filme em que dois dos três principais personagens têm como profissão despedir outros poderia ser verdadeiramente adequado.
Mas até aqui penso que o filme podia ser melhorzinho. O tema podia ter sido explorado mais a fundo, e não apenas usado como mero pretexto para meter o George Clooney a andar de avião.
Agora façam vocês o vosso julgamento, será que sou eu que sou louco e tinha ideias erradas sobre o filme antes de o ver? Não sei mas, como já disse, achei-o demasiado normal para merecer tanta atenção. A minha recomendação é mesmo que o vejam, mas não esperem nada de genial.