domingo, 20 de junho de 2010

Keinohrhasen

Keinohrhasen:


Keinohrhasen, que em Português significa algo como Coelho sem orelhas, é uma comédia romântica alemã que não estreou em Portugal. Faz sentido que não a tenham estreado, tal como o seu equivalente português - A bela e o paparazzo - não estreou na Alemanha. (Espero que não tenha estreado mesmo, senão a minha argumentação vai toda ao ar)

Tanto um como outro são mais bem sucedidos na parte da comédia que no romance (ou então sou eu que sou um insensível) e estão demasiado presos a contextos específicos que, fora da sua área de aplicação deixam de fazer sentido. É algo de que frequentemente o humor necessita, um público que no seu conjunto tenha o mesmo background cultural, para que muitas das piadas funcionem. Foi por causa disso que achei o Markl tinha sido um dos pontos altos da Bela e também foi por causa disso que de certeza que não percebi algumas piadas deste filme.

Claro que agora estão a pensar "mas as comédias românticas americanas e inglesas são universais". Na realidade não são, o que acontece é que em ambos os casos estamos relativamente próximos da realidade que representam. Bem vindos à globalização, não é igual para todos.

Mas parando de disparatar sobre a globalização que isto é um blog de cinema. Passemos à história: Ludo (Til Schweiger, que também realiza o filme) , um paparazzi (já viram porque é que me lembrei do outro filme?) faz asneira durante o trabalho e é condenado a 300h de trabalho comunitário numa creche. E quem é que gere a creche? Nada mais nada menos que uma ex-colega de escola (Nora Tschirner, a fazer o papel de geek que é bem gira detrás dos óculos), com quem na altura gozava, de quem não gosta no início e por quem, inevitavelmente, acaba por se apaixonar.

Típica história de comédia romântica, eu sei, superficial e sacarina, mas - e embora eu não seja o maior perito neste tipo de cinema - fiquei com a ideia que consegue ser ainda mais superficial que o costume. Vi o filme numa de desligar o cérebro, nem sequer pensar, e mesmo assim fiquei com a impressão que poderia ter sido bem melhor.

Fica a boa intenção, duas ou três gargalhadas daquelas bem sonoras e a noite leve e bem passada em que o vi. E para vocês, queridos leitores, a recomendação que o vejam com alguém que tenha alguma cultura alemã, para conseguirem perceber grande parte das piadas.

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