segunda-feira, 28 de junho de 2010

La habitación de Fermat

La habitación de Fermat:




Um homem tem três filhas, um dia perguntei-lhe a idade delas e ele respondeu: se multiplicares as idades delas dá-te 36. Não consegui chegar lá e perguntei de novo. Ele disse "Dou-te outra pista, se somares as idades delas chegas ao número da minha casa". Eu sabia esse número, mas mesmo assim não consegui chegar às idades. Finalmente, ele deu-me uma última pista..."A mais velha toca piano". Que idade têm as filhas?


Se sabem a solução deste enigma, este filme - apresentado frequentemente como a alternativa espanhola ao The Cube - é capaz de ser demasiado simplista para o vosso gosto. É que, na modesta opinião do vosso crítico favorito (eu!), são os enigmas matemáticos o seu maior forte.

Ao contrário do já referido The Cube, aqui os protagonistas não precisam de sair de um quarto para enfrentar perigos: são 4 e são convidados por um quinto para uma reunião com a nata da Matemática espanhola (e, pelo que percebi, seriam génios em qualquer lado) mas quando lá chegam apercebem-se que não vai ser um fim de semana de descanso...são-lhes apresentados enigmas como este que têm de responder num determinado tempo, caso contrário o quarto vai encolhendo até a um ponto em que serão, coitadinhos, todos esmagadinhos. (vejam o poster, se não perceberem como é que funciona)

Enquanto vão tentando resolver os enigmas - que para mim são lixados, mas que realmente parecem fáceis para supostos génios matemáticos - também vão tentando descobrir quem é que os convidou, e porque é que os quer matar. E aí é que as coisas não correm tão bem...os actores até não são maus (tirando o Alejo Sauras, demasiado irritante) mas nunca nos deixam a sofrer por eles, algo essencial num tipo de filmes que vive da nossa empatia com quem está em apuros.

Ou seja, rebobinando. Se forem como eu e adorarem enigmas matemáticos têm duas hipóteses...ou percebem de matemática e acham o filme pouco profundo ou continuam a ser como eu (não percebem nada daquilo!) e acham piada à coisa. Já se não tiverem paciência para aquilo mais vale, lá está, verem o The Cube que se divertem mais.

Foi um bom primeiro esforço dos realizadores, Luis Piedrahita e Rodrigo Sopeña, mas torna-se uma aplicação muito superficial de um conceito que exigia ser mais aprofundado

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