sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Dogtown and Z-boys



Dogtown and Z-boys é o chamado companion piece de um filme de ficção de 2005 chamado Lords of Dogtown. Foi porque vi esse filme (ainda antes deste estaminé existir), gostei dele e achar piada à cultura de surf/skate californiana que este documentário entrou no meu radar e, uma data de anos depois, finalmente o apanhei e o vi.

Baseado sobretudo em filmagens da época (anos 70, feitas maioritariamente por Craig Stecyk, jornalista que mostrou o novo skate ao mundo) e realizado por um dos jovens que retrata (Stacy Peralta), este documentário conta-nos a história de como um grupo de putos resolveu adaptar os seus conhecimentos de surf ao skate e, em consequência, mudou aquele desporto para sempre.

Sim, sabiam que antes da Zephyr Competition Team (nome oficial da equipa que originou esta revolução no skate) o skate era visto como uma moda tipo o yo-yo e que as competições se dividiam em duas modalidades: corridas slalom e acrobacias tipo ginástica rítmica mas em cima de um skate? Pois era assim mesmo e foi este grupo de jovens que mudou tudo quando participou nos Del Mar Skateboarding Nationals, em 1975. Foi a partir daí que se começaram a desenvolver as manobras que hoje se fazem no skate e, pouco depois, surgiriam as paredes das piscinas como local de eleição para fazer manobras.

Quanto ao público alvo deste filme é fácil circunscrevê-lo: quem achou que o último parágrafo está cheio de informação interessante devia ver este filme e é quase certinho que vai gostar (foi o meu caso) mas quem acha que a história do skate é tão interessante como ver a tinta a secar se calhar fará melhor em optar por gastar dinheiro (ou banda larga) noutro filme, que este tem baixa nota artística (parafraseando Jorge Jesus) e nem a quase-narração do Sean Penn (que chegou a conhecer alguns daqueles miúdos na época a que o filme se refere) ou as brevíssimas e largamente injustificadas aparições do Ian McKaye e do Henry Rollins vos vão salvar da epilepsia induzida pela edição no mínimo trepidante. A estes últimos sugiro, por exemplo, ver o tal Lords of Dogtown, é mais certinho e pode ser que vos incuta o gosto pelo skate.

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