sábado, 19 de novembro de 2011

Bridesmaids

Bridesmaids:


Aqui há coisa de dois anos e meio estava no Porto com uma amiga e fomos ver o The Hangover. Eu gostei imenso (achei-o uma das melhores comédias dos tempos mais recentes) e ela não lhe achou piada nenhuma...daí, e de outras conversas com amigos e leitores aqui do estaminé, concluí - simplisticamente - que se tratava de um filme sobre gajos, para gajos. Esta minha conclusão vem agora abaixo com Bridesmaids, uma comédia ao estilo do The Hangover (não é por acaso que a Empire lhe chama The Hangovaries), com gajas (por contraposição a gajos) mas que não é só para gajas.

Aliás, se tivesse de optar por um único género, diria que esta é uma comédia para gajos. Felizmente não tenho e posso dizer-vos que se trata de uma comédia para todas as pessoas (independentemente do género) que gostam de rir. É uma comédia inteligente que mostra às senhoras do Sex and the City que se pode basear um filme cómico num grupo de mulheres com cabeça e aversão à futilidade.
A história é já nossa conhecida: duas amigas de infância; uma delas casa-se, a outra é madrinha; peripécias para organizar o casamento e a despedida de solteira. Sim, também tem uma sub-história amorosa e uma ou outras piadas que falham, mas esta é uma comédia que, ao contrário de tantas outras, distribuí piadas em quantidade e qualidade suficiente para nunca perder o interesse.

A diferença entre esta e outras comédias é que esta resulta, não vos sei dizer bem porquê mas muito por força da excelente interpretação da protagonista, Kristen Wiig. A ideia que passa é que não está a interpretar uma personagem mas sim que está a ser ela própria, e não é por acaso que depois aprendemos que tambén foi ela a argumentista do filme. Ora, se há algo importante na comédia é a espontaneidade (ou a impressão de que ela existe) e - provavelmente - é mesmo isso que faz com que filmes como este ou o Hangover sejam tão bem sucedidos: quando os vemos vemos um grupo de actores (ou actrizes) a divertir-se verdadeiramente, não a interpretar os seus papéis.

Pena é, portanto, que algumas cenas tenham sido forçadas pela produtora...não vos digo quais mas se virem o filme conseguem logo perceber, pois são as únicas que se destacam pela artificialidade. Sabem quando estão num grupo de amigos, a rir sabe-se lá do quê, até que alguém diz algo tão forçado que deixa de ter piada? Nessas situações, tal como deveria ter acontecido neste filme, o melhor seria deixar a conversa fluir e tentar não interferir com o fluir natural da conversa.

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