quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Shoot Me + The Town

Shoot Me:



Já disse aqui imensas vezes que gosto quando os cinemas passam curtas-metragens antes dos filmes, é uma prática muito saudável sobretudo porque caso contrário é praticamente impossível vermos curtas fora de festivais.

Dito isto, a exibição desta curta-metragem portuguesa antes do americano The Town percebe-se pouco. Em primeiro lugar, e neste caso por razões objectivas, porque o filme "principal" é bastante longo por si só e como tal ter mais 20 minutos acrescentados estica a sessão de cinema um bocadinho para além do desejável. A segunda razão é subjectiva, os filmes não têm nada a ver um com o outro! Bem sei que não têm de estar relacionados, mas parece-me que havia emparelhamentos mais fáceis de se fazer.

A história de Shoot Me fez-me lembrar o Belle de Jour, já que Teresa (a protagonista) é uma mulher insatisfeita com a sua relação que aproveita alguns momentos de privacidade para dar uma voltinha por fora, chamemos-lhe assim. Essa voltinha é, aliás, o único momento que gostei do filme: tudo o resto é demasiado formal (a seguir a - má - escola do cinema português) e o final bastante previsível.

Tem, porém, a vantagem de sustentar um dos meus celebrity crushes e sustentar a minha afirmação de que a Maria João Bastos é uma das mais sexy mulheres portuguesas.


The Town:



O segundo filme deste double-post, e segundo filme da sessão, é também o segundo filme realizado pelo Ben Affleck.

Não vi o primeiro, Gone Baby Gone, mas teve excelentes críticas na concorrência e um dia que o apanhe por aí terei todo o gosto em vê-lo porque, frase que nunca pensei dizer, o Ben Affleck é bom, caraças!! Sim, é melhor atrás das câmaras que à frente, como o seu Óscar já poderia indicar (sim, amigos, o Ben Affleck já ganhou um Óscar), e agora pode gabar-se de dizer que está a atingir um bom patamar a nível de realização.

Não vão à espera de ver imagens à Terrence Mallick ou uma edição à Tarantino, mas neste filme - que resumidamente é sobre assaltos a bancos - conseguimos sentir-nos no meio de um jogo do gato e do rato, precisamente a sensação que devemos ter neste tipo de histórias.

Será que quem ganha esse jogo é Doug (Ben Affleck, também bem à frente da câmara) e o seu gang - no qual se inclui o James de Jeremy Renner, a grande interpretação do filme - ou sairá o FBI vencedor? Só o descobrimos (literalmente) na cena final, mas entretanto vamos assistindo a excelentes cenas de perseguição através de uma cidade de Boston mostrada por um acérrimo fã.

Por acaso isso foi um ponto extra a favor do filme. Estive recentemente naquela cidade e foi giro re-descobrir alguns dos locais que visitei (nomeadamente o tal bairro de Charlestown, por onde passei sem ter noção da fama). De qualquer forma, mesmo que nunca tenham lá ido e odeiem quem lá foi o filme vale a pena; não é um instant classic mas é um dos melhores filmes tipicamente"de gajo" que vi nos últimos tempos. As raparigas é que se calhar não lhe acham tanta piada.

2 comentários:

  1. "As raparigas é que se calhar não lhe acham tanta piada." Que machista. Eu vi e não desgostei mas não achei nada de especial! Ja vi filmes sobre assaltos de bancos bem mais interessantes e inteligentes mas pronto, dá para entreter :P

    ResponderExcluir
  2. Honestamente acho que é mais um "filme de gajos", tal como o Machete, a minha próxima SMR!

    ResponderExcluir