domingo, 19 de setembro de 2010

I Love You, Phillip Morris + Coach Carter + Death at a Funeral

Agora sim os três filmes "perdidos" de Agosto! Tenho tentado fazer uma SMR por post, mas neste caso - como já são os três antigos (na minha memória) e como nenhum deles é genial - vai tudo ao molho e fé em seja lá quem for.


I Love You, Phillip Morris:


É o melhor dos três. É um filme em que o Jim Carrey faz de bichona (mesmo!) e que mesmo assim não é uma das suas típicas comédias, sendo aliás um drama amoroso que - sim - por vezes tem piada.

Neste filme o nosso amigo Jim é Steven Russel, um polícia a viver uma vida de mentira que a dada altura (numa daquelas epifânias tão queridas ao cinema) apercebe-se que não quer continuar a ter a vida que tem...é gay, assume-o e quer passar a viver uma vida que - se este filme não fosse baseado numa história real - pensavamos ser demasiado exagerada.

Claro que esta vida de luxos é cara e Steven terá de de se tornar um mestre das fraudes para se conseguir sustentar. Até, claro, ao momento em que vai parar à cadeia. E porque é que nos contas que vai parar à cadeia, Joãozinho? perguntam vocês...não é um spoiler, é basicamente o início da história, porque vai ser na cadeia que Steven vai conhecer o senhor do título...Phillip Morris.

É aqui que começa a história de amor...Steven e Phillip apaixonam-se à séria e - quando a vida os separa - Steven vai fazer de tudo (literalmente, de tudo) para que voltem a ficar juntos. Não vou contar mais pormenores, apenas que tal como já disse por vezes o filme mostra-nos coisas tão estranhas que não acreditamos que tenham mesmo acontecido, mas aconteceram. Neste caso, talvez o terem escolhido o Jim Carrey não ajuda...se fosse outro actor tornaria as coisas mais verosímeis, mas ainda assim duvido que interpretasse melhor o papel, porque realmente vai muito bem.

Quem não vai bem é o Ewan McGregor, que usa para o seu Phillip Morris os mesmissimos trejeitos de voz e ar de pãozinho sem sal que já o vi a fazer em muitos outros filmes. Está na altura de mudar, Ewan. Mas apesar de tudo o filme não se perde totalmente, porque é uma história gira e não está nada mal passada para o cinema.

Pena é que muita gente não o possa ver. É verdade, este filme ainda não estreou numa data de países (EUA incluído), por causa da temática gay. É uma pena que ainda haja tanto atraso mental, mas infelizmente não me surpreendeu assim tanto.


Coach Carter
:


Um típico filme de desporto em que a equipa de underdogs consegue superar-se e ... imaginem ... atingir algo que nunca pensariam conseguir. Ora vejam lá se não é uma história que já viram montes de vezes.

Algures numa escola de um qualquer bairro extremamente pobre, um grupo de jovens forma uma equipa de basketball que é considerada uma das piores do país. Até ao momento em que chega um treinador com características especiais e que acredita que estes jovens podem ir longe apesar da falta de condições. Com este treinador a equipa começa a ter resultados incríveis até ao momento em que os métodos do treinador começam a criar conflitos, altura em que os resultados se tornam novamente piores...situação que muda a tempo de a época se salvar. Os jovens recebem nova injecção de confiança do mega-treinador e surpreendem tudo e todos.

Nada by the book, certo? Errado! Este filme é igualzinho a tantos outros, com a diferença aqui a ser os métodos ultra-exigentes do tal Coach Carter. E quem é o Coach Carter? É o Samuel L. Jackson, que realmente consegue ser cool em todas as situações, até neste filme tão fraquinho.

Sem ser por ele não valia sequer perder o tempo, assim não é uma forma terrível de se passar um Sábado à tarde. Não é terrível mas continua a ser má.


Death at a Funeral:


Será possível fazer humor com a morte? Claro que sim! Tomando como exemplo este Death at a Funeral é possível ao quadrado até! (N.R.: Este filme é um remake, daí a piadola)

Vou ter de admitir até que me ri algumas vezes com este filme em que seguimos a tradição anglo-saxónica de ter os velórios em casa e onde demasiadas coisas demasiado estranhas vão acontecendo. Aqui o velório é o do pai de Aaron e Ryan (Chris Rock e Martin Lawrence, respectivamente) e as coisas demasiado estranhas são demasiadas para descrever exaustivamente, mas envolvem anões (sempre um plus para mim!) e cunhados em trips de LSD.

Não vi o filme original mas dizem que em termos de história é igualzinho. Aqui a grande diferença, parece-me, é que estamos perante uma família afro-americana...o que nos permite ver um showdown de alguns dos melhores actores cómicos com aquele tom de pele (mais o Danny Glover, que manda o melhor "I'm too old for this shit" da sua carreira), com tipos de comédia para todos os gostos.

Se para mim o Chris Rock se porta bem neste filme e o Martin Lawrence (actor que normalmente me irrita) não está muito mal enquanto escritor engatatão, já - por exemplo - a suposta nova sensação da comédia, Tracy Morgan me irritou seriamente.

No final de contas é esta a conclusão que posso tirar do filme: por cada piada boa tem outra má e por cada momento em que nos damos por contentes por estar a ver o filme lá vem outro momento mau desequilibrar e fazer-nos pensar que haveria formas melhores de aproveitar aquele banho de imersão.

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