Aqui há uns anos vi um filme de zombies que misturava bastante humor com o gore e os sustos do costume. Esse filme chama-se Shaun of the Dead e é, de certeza, a principal influência para este Zombieland.
Ao contrário do que acontece com tantos filmes de terror asiáticos, neste caso os estúdios americanos optaram por não fazer um remake directo desse filme, optando por seguir com a sua própria história cómica de zombies. E ainda bem que o fizeram, porque por muito que tenha gostado do Shaun (que é giro, mas é pior que o Hot Fuzz, da mesma equipa), ri-me mais neste filme.
Aqui seguimos Columbus, um jovem assustado que devido às suas regras de sobrevivência a zombies (tiradas daqui, talvez?) lá se mantém vivo o tempo suficiente para se encontrar com um senhor bem mais durão, e que em vez de fugir aos zombies se diverte a dar-lhes cabo do canastro (o que é o canastro, alguém me sabe dizer?). O Columbus é interpretado pelo Jesse Eisenberg e o Talahassee por um Woody Harrelson em topo de forma e ambos formam uma equipa que de início é enrolada pela dupla feminina Wichita/Little Rock, mas com quem acabam por colaborar, para bem da sua sobrevivência.
Ao longo da história vamos seguindo estes personagens (que não têm nomes, só alcunhas relacionadas com o sítio de onde são/para onde vão) a caminho de uma salvação, um último canto da América onde - provavelmente - poderão relaxar dos zombies e voltar às pequenas coisas que os fazem humanos. O caminho não é nada o típico de filmes de zombies, com muito mais gargalhadas que sustos, o que para mim é simpático mas para quem esteja com a ideia de se assustar é capaz de ser frustrante.
Sim, porque apesar de gostado do filme, tenho de concordar com a principal crítica que tenho lido...tendo em conta que o cenário é uma América pós-apocalíptica com apenas 6 sobreviventes conhecidos, há mesmo muito poucos zombies.
Se conseguirem passar disso vão divertir-se com esta comédia, se acharem que os zombies são o essencial são capazes de não gostar deste filme de terror. (Que não é um filme de terror)
Capitalism: a Love Story:
Cada vez mais tenho uma relação de amor/ódio com o Michael Moore. Como podem ler no que escrevi aqui, desde há muito que o acompanho e o admiro pelo trabalho que faz, de colocar assuntos sobre a mesa, mas cada vez menos o consigo ver como um documentarista fidedigno.
Isto porque, mais uma vez, neste Capitalism: a Love Story, cujo tema é a actual crise financeira e as cada vez mais abjectas diferenças entre os mais pobres e os mais ricos, ele recorre a estratagemas que, na minha opinião de fã de documentários, são dispensáveis por manipularem algo que podia ser mostrado com o mesmo impacto mas de uma forma mais objectiva. Na SMR ao Sicko menciono o momento em que ele diz que enviou o cheque para pagar a operação à mulher de um dos seus detractores, aqui não é nada de tão grave, apenas a constante exploração de imagens de pessoas a chorar - algo que me irrita seriamente - e de uns quantos punch-lines que não deveriam ser usados (aquela parte com Jesus Cristo é um disparate!).
Felizmente o filme também tem coisas boas, mas prendem-se mais com as histórias (e com o mérito de ele as descobrir e contar) do que com o documentário em si. Falo da história da família que se viu forçada a sair de casa por causa das dívidas mas que decide voltar e ocupar aquilo que era seu, da (inspiradora!) história dos trabalhadores da fábrica de Chicago e, sobretudo, da coragem da Congressista do Ohio, Marcy Kaptur, que parece ser um das poucas pessoas com o saudável equilíbrio entre juízo e poder.
Estas histórias, entre outras, merecem que vejam este filme. Aprendam, informem-se e, apesar do filme retratar a realidade americana, não se esqueçam que se trata de uma realidade global. Como diziam os Propagandhi, uma banda punk que já ouvi mais, "knowledge is power, arm yourself". Vejam o filme como fonte de informação, mas com alguma moderação.
Ao contrário do que acontece com tantos filmes de terror asiáticos, neste caso os estúdios americanos optaram por não fazer um remake directo desse filme, optando por seguir com a sua própria história cómica de zombies. E ainda bem que o fizeram, porque por muito que tenha gostado do Shaun (que é giro, mas é pior que o Hot Fuzz, da mesma equipa), ri-me mais neste filme.
Aqui seguimos Columbus, um jovem assustado que devido às suas regras de sobrevivência a zombies (tiradas daqui, talvez?) lá se mantém vivo o tempo suficiente para se encontrar com um senhor bem mais durão, e que em vez de fugir aos zombies se diverte a dar-lhes cabo do canastro (o que é o canastro, alguém me sabe dizer?). O Columbus é interpretado pelo Jesse Eisenberg e o Talahassee por um Woody Harrelson em topo de forma e ambos formam uma equipa que de início é enrolada pela dupla feminina Wichita/Little Rock, mas com quem acabam por colaborar, para bem da sua sobrevivência.
Ao longo da história vamos seguindo estes personagens (que não têm nomes, só alcunhas relacionadas com o sítio de onde são/para onde vão) a caminho de uma salvação, um último canto da América onde - provavelmente - poderão relaxar dos zombies e voltar às pequenas coisas que os fazem humanos. O caminho não é nada o típico de filmes de zombies, com muito mais gargalhadas que sustos, o que para mim é simpático mas para quem esteja com a ideia de se assustar é capaz de ser frustrante.
Sim, porque apesar de gostado do filme, tenho de concordar com a principal crítica que tenho lido...tendo em conta que o cenário é uma América pós-apocalíptica com apenas 6 sobreviventes conhecidos, há mesmo muito poucos zombies.
Se conseguirem passar disso vão divertir-se com esta comédia, se acharem que os zombies são o essencial são capazes de não gostar deste filme de terror. (Que não é um filme de terror)
Capitalism: a Love Story:
Cada vez mais tenho uma relação de amor/ódio com o Michael Moore. Como podem ler no que escrevi aqui, desde há muito que o acompanho e o admiro pelo trabalho que faz, de colocar assuntos sobre a mesa, mas cada vez menos o consigo ver como um documentarista fidedigno.
Isto porque, mais uma vez, neste Capitalism: a Love Story, cujo tema é a actual crise financeira e as cada vez mais abjectas diferenças entre os mais pobres e os mais ricos, ele recorre a estratagemas que, na minha opinião de fã de documentários, são dispensáveis por manipularem algo que podia ser mostrado com o mesmo impacto mas de uma forma mais objectiva. Na SMR ao Sicko menciono o momento em que ele diz que enviou o cheque para pagar a operação à mulher de um dos seus detractores, aqui não é nada de tão grave, apenas a constante exploração de imagens de pessoas a chorar - algo que me irrita seriamente - e de uns quantos punch-lines que não deveriam ser usados (aquela parte com Jesus Cristo é um disparate!).
Felizmente o filme também tem coisas boas, mas prendem-se mais com as histórias (e com o mérito de ele as descobrir e contar) do que com o documentário em si. Falo da história da família que se viu forçada a sair de casa por causa das dívidas mas que decide voltar e ocupar aquilo que era seu, da (inspiradora!) história dos trabalhadores da fábrica de Chicago e, sobretudo, da coragem da Congressista do Ohio, Marcy Kaptur, que parece ser um das poucas pessoas com o saudável equilíbrio entre juízo e poder.
Estas histórias, entre outras, merecem que vejam este filme. Aprendam, informem-se e, apesar do filme retratar a realidade americana, não se esqueçam que se trata de uma realidade global. Como diziam os Propagandhi, uma banda punk que já ouvi mais, "knowledge is power, arm yourself". Vejam o filme como fonte de informação, mas com alguma moderação.
Não tem nada a ver com os filmes que viste mas...está ali algo a olhar para mim? Aquilo incomoda...
ResponderExcluirEstá ali a controlar quem é que cá vem ler o blog e não deixa comentários sobre os filmes ;)
ResponderExcluirDeixa-me cá dizer qualquer coisa, para não ser apanhada ;)
ResponderExcluirBeijinhos
Eu deixo comentários e mesmo assim continuo a sentir-me intimidada pelo "Olho" :p
ResponderExcluirNestes tempos de insegurança é sempre bom ter quem proteja os nossos bens. Era o olho ou um anão que coubesse dentro do ecrã...
ResponderExcluirMete-me o Jimmy ali, sempre dá para ver onde ele tem o olho...
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