domingo, 20 de dezembro de 2009

Clerks + Les Beaux Gosses

Clerks:



Sabem quem são o Jay e o Silent Bob? Dois personagens, interpretados pelo Jason Mewes e pelo Kevin Smith, que vão aparecendo de tempos a tempos nos filmes do segundo, filmes como o Dogma (que achei engraçado). Pois foi aqui que eles surgiram pela primeira vez, o que faz algum sentido se tivermos em conta que este é o primeiro filme do (grande) moço.

Ora, foi por mais por curiosidade em relação a eles que por vontade de ver o filme que me pus a meter a ver este Clerks. É um filme completamente lo-fi, com algumas piadas e muita conversa que não interessa por aí além.(Realista, portanto)

Deu para perceber que...












...e pronto, a SMR fica por aqui porque adormeci a ver o filme. Não que o estivesse a achar péssimo até ali, mas também não estava cheio de sono. Fiquei-me por aqui, mas se um dia destes voltar a apanhar o filme pode ser que venha cá completar isto.


Les Beaux Gosses:



"O American Pie francês"...é assim que este Les Beaux Gosses tem sido falado nas críticas que li. Não concordo.

Sem dúvida que a temática é parecida, a descoberta do amor/sexualidade por parte de jovens do sexo masculino e a abordagem é cómica, mas tudo o mais é bastante diferente. Enquanto que no American Pie tudo é exagerado e as piadas são muitas das vezes escatológicas, aqui estamos perante uma história mostrada de uma forma bastante mais próxima do documentário e o humor é real.

Hervé e Camel (os rapazes do poster) são dois amigos não muito diferentes do que eu era naquela idade...muito convencidos nas conversas entre rapazes, demasiado tímidos/self-conscious quando abordam as miúdas. Mas, vá-se lá saber porquê, uma delas lá fica de beicinho pelo Hervé, e a partir daí seguimos as suas descobertas...os primeiros linguados ("Não! Eu já beijei imensas raparigas antes de ti...Quem? Umas italianas..."), os primeiros planos a dois, a primeira desilusão amorosa e o primeiro "seguir em frente". Enquanto isso Camel, e os restantes amigos do seu grupo, vão vendo Hervé como um enviado especial ao mundo das raparigas, e vão tentando saber tudo o que se está a passar, acrescentando sempre um ponto àquele conto.

O que mais me agradou no filme foi precisamente o ser diferente do tal American Pie, é um filme verdadeiro. Quando vi o American Pie fartei-me de rir (mais que neste) mas nunca me senti ligado àquela realidade, aqui foram tantas as vezes que dei por mim a pensar "já passei por aquela situação" que não posso deixar de elogiar quem escreveu aquela história, fez uma boa investigação e sobretudo puxou bem pela memória (são dois argumentistas homens, de certeza que também passaram por aqueles momentos).

O facto de serem actores totalmente desconhecidos também ajuda...se estivessemos a falar de um filme americano interpretado por jovens actores já conhecidos a ligação não seria tão próxima. Assim, e apesar de nenhuma interpretação ser fabulosa (o destaque, apesar de tudo vai para Alice Trémolière, que faz de Aurore) senti-me em casa naquele grupo de amigos. E sentir-me em casa é bom.

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