quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crazy, Stupid, Love



Sendo melhor do que esperava Crazy, Stupid, Love é também um filme muito diferente do que estava a contar (e que a promoção do mesmo deixa antever): contava com uma comédia romântica parva e recebi um drama familiar com uns bons toques de comédia. Estão a ver o The Kids Are All Right? É nessa onda, apesar da estética muito mais mainstream e a história ser bem diferente.

Em comum com esse filme tem a Julianne Moore, que aqui é Emily, uma mulher que diz que quer o divórcio ao mesmo tempo que o marido (Steve Carrel, mais discreto/inteligente/interessante que o costume) manifesta o desejo de comer leite creme para sobremesa. Este é o casal principal de Crazy, Stupid, Love, namorados desde os 15 anos, casados há não sei mais quantos e completamente estagnados até que ela se enrola com David Lindhagen, um colega de escritório (bem) interpretado pelo Kevin Bacon.

Para além de Emily e Cal existem outros personagens que sofrem os seus próprios (des)encontros amorosos. O melhor deles é Jacob, pelo menos de início, um personagem do Ryan Gosling que me deixou completamente ansioso para ver o Drive. Trata-se de um engatatão daqueles que passa a vida num bar, bar esse onde Cal vai beber para esquecer o seu divórcio, e que - num momento pouco realista do filme - resolve ajudá-lo num make-over. Claro, que sendo produto de Hollywood, o engatatão do Jacob vai apaixonar-se, neste caso por uma recém-advogada chamada Hannah (Emma Stone) que acabou de acabar com o totó do seu namorado.

Um outro personagem é Robbie (Jonah Bobo), o filho de 13 anos do casal Weaver, que desenvolve uma paixão assolapada por Jessica, a sua babysitter de 17 anos, ela própria com as suas paixões. Robbie tem como professora Kate (Marisa Tomei), que não é muito relevante neste parágrafo mas que não consegui inserir noutro.

Começando na tal proposta do make-over, o filme tem vários momentos irrealistas que nos poderiam distrair ou fazer-nos gritar "cliché!". Felizmente, os próprios personagens reconhecem esse cliché e as improbabilidades da história juntam-se todas num twist tão bom que seria um crime revelá-lo. Havia um sério risco do filme se perder, tipo Friends With Benefits, mas acaba por dar a volta por cima e, apesar de não ir salvar o mundo (parafraseando o Robert Ebert), tornar-se uma opção forte para quando queiram ver um filme filme leve, relaxado, com um bom equilíbrio de emoções e com muito mais gargalhadas que muitas das comédias "puras" que tenho visto.

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