segunda-feira, 9 de novembro de 2009

The Ugly Truth + The Goods, Live Hard, Sell Hard + Nick and Norah's Infinite Playlist

Olá amiguinhos, desta vez trago-vos uma dose tripla de filmes (e o post com o maior nome de sempre!). Mas não se preocupem, os filmes são tão maus que no conjunto valem mais ou menos o mesmo que um de jeito. Vamos a isso? Vamos embora!

The Ugly Truth:


O primeiro dos três é o The Ugly Truth, que me cativou por uma coisa muito simples: o poster que aqui vêm. Acho que é uma boa representação das (verdadeiras) diferenças de raciocínio entre homens e mulheres no que toca a encontrar o amor.

Acho que é uma representação verdadeira mas muito exagerada: não penso, de todo, como o Mike Chadway (protagonista do filme), acho que nós homens não somos assim tão básicos, mas que há diferenças isso há. São realisticamente apresentadas? São sequer bem apresentadas? Nem por isso, o tema podia ser apresentado de uma forma totalmente diferente e não seria difícil fazer melhor.

Aqui o que temos é uma repetição de muitos e muitos clichés cinemáticos (obrigado pela dica do link, André): casal que primeiro se odeia, são obrigados a trabalhar juntos, ficam de beicinho um pelo outro, zangam-se e no fim fica tudo bem. Nada de novo e nada de especial, mas há uma coisa positiva a referir: nestes filmes a química entre os protagonistas é importante e neste caso o Gerard Butler (sim, o gajo do 300) e a Katherine Heigl (de quem não consigo gostar nem um bocadinho) estiveram bem.


The Goods, Live Hard, Sell Hard:



Os produtores deste filme pensaram apenas e só numa coisa: vamos aproveitar o Ari Gold para fazer dinheiro sem o Ari Gold.

Eu explico: o Ari Gold é um personagem do Entourage, interpretado pelo Jeremy Piven, que neste filme faz de Don Ready, o melhor "mercenário de vendas de carros" (estou a citar um dos personagens do filme). Todas as demais comparações entre este (péssimo) filme e essa (excelente) série, ou mesmo entre os dois personagens do mesmo actor, são impossíveis de fazer: o Ari Gold é um agente do caraças e, para mim, o personagem mais brutal que vi nos últimos tempos, o Don Ready é um disparate; o Entourage é uma série bem interessante sobre o dia a dia de uma estrela de Hollywood e sobre a amizade masculina, este filme é ... um disparate.

Em que raio estariam a pensar? A história não faz sentido, as piadas não têm piada, a ligação amorosa (tem sempre de haver uma ligação amorosa!) não tem o mínimo de chama. É que até o raio do título é mau! Acho que uma boa avaliação do filme é o seguinte: para aí ao fim de 10 minutos disse "Este filme deveria ter o Will Ferrell", e ao fim de mais outros 10 minutos quem é que aparece? O Will Ferrell, claro, e ainda por cima na personagem errado (deveria ter feito de Peter). Por isso é simples: se gostam do Will Ferrell são capazes de gostar disto (o meu amigo achou "razoável"), se - como eu - acham que ele só faz filmes disparatados, é bem provável que saiam do cinema (ou desliguem a TV/Portátil) a pensar "fui mais um que caiu que nem um patinho, à espera de rever o Ari Gold".


Nick and Norah's Infinite Playlist:


Antes de mais uma crítica (acesa!) às pessoas que traduzem os títulos dos filmes para português: porque é que este título original passa para "Amigos para Sempre"???? É que nem sequer tem a ver com a história do filme! Será que a viram???

Pronto, agora que já me passou a revolta, vamos à SMR. Terceiro nesta minha série de três filmes, este Nick and Norah é - apesar de tudo - o melhor dos três. Digo apesar de tudo porque mesmo sendo o melhor não é bom. Apesar de ser simpático e ter uma excelente banda sonora, há muita coisa muito fraquinha, desde o sub-plot da amiga bêbeda, até aos amigos gay que não passam nem sei bem de quê. E, para que conste, Where's Fluffy? é um péssimo nome para um banda!

Outra coisa que me irritou é bem mais pessoal. Na primeira conversa mais profunda entre o Nick e a Norah do título somos informados que tanto um como outra são straight edge. Ora, eu sou straight edge (quem não sabe o que é veja o link que eu, tão simpaticamente, disponibilizei assim que me referi a este estilo de vida) e custou-me vê-los apoderarem-se de algo que representa tão mais que não beber álcool. Não vou estar aqui a explicar o que é (para isso é que deixei o link) mas, basicamente, não és straight edge sem que estejas ou tenhas estado minimamente ligado ao movimento e à música hardcore, e estes dois personagens estão longe de estar ligados a tal estilo musical.

E é isso, até ao meu regresso, que deve ser em breve porque esta semana vou estar no Estoril Film Festival pelo menos duas vezes. Quem me reconhecer por lá (sim, que agora já tenho 1000 leitores) peça-me um autógrafo. Os outros leitores podiam ir deixando comentários: é bom saber o que é que gostam e não gostam aqui no estaminé. Obrigados.

Um comentário:

  1. Dos três só vi o primeiro, e gostei do filme. Concordo que tem todos os clichés existentes, mas tem cenas que sinceramente me levaram às lágrimas (a do baseball por mais cliché que seja é linda!) e sim, apesar de exagerado (também não acho que todos os homens sejam tão...coise...falta-me a palavra) penso que seja verdade, existem grandes diferenças na forma de pensar de cada sexo em relação ao love.

    Ah e se quiseres formar um movimento anti maus tradutores de títulos e de guiões, count me in!

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