(este não é o poster original do filme, mas é tão mais giro que esse que não podia deixar de o colocar aqui)
É difícil fazer uma review a este filme. Não porque tenha um grande twist final que possa ser destruído com algum spoiler mas sobretudo porque este é um daqueles filmes que ou se ama ou se odeia. Não é possível ter-se uma posição intermédia, neutra, sobre ele e como tal fica complicado recomendar o filme a alguém que eventualmente o odiará ou não o recomendar a alguém que o amaria.
Tirando a parte polémica logo do caminho: o filme é brutalmente violento. Está ao nível daquele que é o meu exemplo típico de violência num filme deste tipo (i.e., que não pode ser metido no mesmo saco que Saw's e afins), o Irréversible. De certa forma este filme consegue ser ainda mais violento, nem que seja pela razão pela qual a violência é despoletada. Por vezes chega até a ser violento demais...eu a dada altura senti que a violência é uma distracção demasiado grande num filme que até ali estava (muito bem) construído de uma forma tensa e introvertida.
Segunda conclusão: este filme é bastante assustador. E porquê? Não é o tipo de filme que nos enerve o tempo todo com efeitos sonoros, ou com jogos de espelhos. Não, este filme é assustador porque a loucura é assustadora, e porque a loucura pode chegar até qualquer um de nós. (Nem quero imaginar o que se sente ao se perder um filho...)
Mas este filme é, sobretudo, um filme de reflexão...sobre o que significaria viver uma situação como aquelas? em que é que os estudos dela contribuiram para a sua degeneração? porque é que a floresta chora? quem são todas aquelas mulheres anónimas na cena final? São muitas as perguntas que ficam no ar, e muito poucas as que serão respondidas na sala de cinema...este é um daqueles filmes de levar para casa e pensar sobre ele. Quando terminou, aliás, pensei que teria de me decidir se tinha adorado ou detestado, tal como me tinha acontecido com o Dogville, também do Lars von Trier. O Dogville passou a ser o meu filme favorito, este nem tanto, mas sem dúvida que estará numa posição de destaque entre os muitos que já vi este ano.
Conclusão: eu gostei imenso do filme, acho que tem muito mais para além da violência extrema que lhe tem trazido a fama, mas é bastante provavel que alguns (muitos? todos?) de vocês não venham a gostar, seja porque não "aguentam" a violência (várias pessoas sairam da sala) ou porque não têm paciência para este tipo de filmes, ditos intelectuais.
Mas independentemente de se gostar ou não, há duas coisas que - a meu ver - são praticamente unânimes: a excelente interpretação do Willem Dafoe e da Charlotte Gainsbourg (basicamente os dois únicos actores no filme) e a ainda mais excelente cinematografia, sobretudo no prólogo do filme e nas sequências de sonho/pesadelo.
Tirando a parte polémica logo do caminho: o filme é brutalmente violento. Está ao nível daquele que é o meu exemplo típico de violência num filme deste tipo (i.e., que não pode ser metido no mesmo saco que Saw's e afins), o Irréversible. De certa forma este filme consegue ser ainda mais violento, nem que seja pela razão pela qual a violência é despoletada. Por vezes chega até a ser violento demais...eu a dada altura senti que a violência é uma distracção demasiado grande num filme que até ali estava (muito bem) construído de uma forma tensa e introvertida.
Segunda conclusão: este filme é bastante assustador. E porquê? Não é o tipo de filme que nos enerve o tempo todo com efeitos sonoros, ou com jogos de espelhos. Não, este filme é assustador porque a loucura é assustadora, e porque a loucura pode chegar até qualquer um de nós. (Nem quero imaginar o que se sente ao se perder um filho...)
Mas este filme é, sobretudo, um filme de reflexão...sobre o que significaria viver uma situação como aquelas? em que é que os estudos dela contribuiram para a sua degeneração? porque é que a floresta chora? quem são todas aquelas mulheres anónimas na cena final? São muitas as perguntas que ficam no ar, e muito poucas as que serão respondidas na sala de cinema...este é um daqueles filmes de levar para casa e pensar sobre ele. Quando terminou, aliás, pensei que teria de me decidir se tinha adorado ou detestado, tal como me tinha acontecido com o Dogville, também do Lars von Trier. O Dogville passou a ser o meu filme favorito, este nem tanto, mas sem dúvida que estará numa posição de destaque entre os muitos que já vi este ano.
Conclusão: eu gostei imenso do filme, acho que tem muito mais para além da violência extrema que lhe tem trazido a fama, mas é bastante provavel que alguns (muitos? todos?) de vocês não venham a gostar, seja porque não "aguentam" a violência (várias pessoas sairam da sala) ou porque não têm paciência para este tipo de filmes, ditos intelectuais.
Mas independentemente de se gostar ou não, há duas coisas que - a meu ver - são praticamente unânimes: a excelente interpretação do Willem Dafoe e da Charlotte Gainsbourg (basicamente os dois únicos actores no filme) e a ainda mais excelente cinematografia, sobretudo no prólogo do filme e nas sequências de sonho/pesadelo.
Outro que não chega à terrinha, queria ver. Mas agora já não sei, fiquei bué enjoada com o Irreversible, não me apetece ficar assim outra vez...
ResponderExcluirAcho que este é o típico filme que para mim fica já sinalizado com "alerta vermelho".
ResponderExcluirSe eu saí extremamente mal disposta (e ainda hoje há imagens que não me saem da cabeça) quando vi o "Monster" - que ninguém considera violento - quanto mais com um filme que prima pela violência extrema...
Sou de facto (e de direito) uma menina. Passo ;)
Margarida: é certinho que não vai passar por aí, a menos que algo muito estranho aconteça.
ResponderExcluirCatarina: não, de facto não é filme para ires ver. Ias sair de lá muito transtornada
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVi agora e não recomendo nem ao meu pior inimigo.
ResponderExcluirO filme é +/-, não digo que não, mas não vou dizer que o filme é fixe só para mandar a paleta de gajo de gosto apurado.
O filme é todo a passo de caracol, morto.
A fotografia é boa, o ambiente é bonito. Sou bué da floresta eu.
Mas de resto, acho a interpretação da gaja muito fraca (alem de ser mm cabra macho a cara dela) e a do gajo salva um beca a cena.
Nem tem, na minha opinião uma única parte de terror/horror/susto wtv, é mesmo do “damn estes gajos são mesmo fritos bem, moving on..”
Nem o acho de todo violento. Se calhar é de ver demasiados vídeos REAIS de gajos a ficarem todos fddos lol.
Todos os realizadores têm direito a filmes maus, e o Vonzito não é excepção.
4/10
Concordo contigo na parte do filme provocar pensamentos como "estes gajos são mesmo fritos", mas de resto aproveito o teu comentário para elogiar a maravilha que é existirem opiniões diferentes.
ResponderExcluirE sim, o vonzito tem direito a filmes maus, mas este - a meu ver - não é um deles.