sábado, 10 de outubro de 2009

District 9

District 9:



Depois de fazer a review da curta-metragem que deu origem a este filme (Alive in Joburg) não seria um bom blogger/bloguista/blogueiro/blocócó se não fizesse a análise da longa. Por vocês, leitores, TUDO.

Para quem não sabe a história eu resumo em 3 palavras: apartheid de extraterrestres. No dia seguinte ao do meu nascimento, aparece uma nave espacial gigante por cima de Joanesburgo e por lá fica, por razões que não nos são explicadas - na verdade, porque ninguém sabe - e ao fim de uns tempos lá os bons dos humanos conseguem entrar na nave, descobrem uns extraterrestres em muito más condições e resolvem aplicar-lhes um sistema que tão bem funcionou no passado, o apartheid. (E aqui devo activar um novo gadget deste blog: o alerta irónico)

Claro que depois as coisas acabam por correr mal e eventualmente poderão acabar bem. O que é fixe, e é mesmo, é que não se sabe se acabam bem ou não. E não, não adormeci nem desmaiei, vi o filme até ao fim.

Pronto, deixemo-nos de resumos que estou com sono e quero ir dormir. Este filme tem duas coisas muito fixes: o estilo como é realizado e a forma como nos apresenta os extraterrestres.

A primeira não é totalmente original: tal como dizia na outra SMR já tínhamos visto esta onda em filmes como o Cloverfield (e com isto é a segunda referência que faço ao filme neste blog, sem nunca o ter analisado, um record!). A ideia que tentam passar é que estamos a ver um filme sobre o que se terá passado com Wikus van de Merwe, um senhor muito simpático que tem um nome mais complicado que o meu. Claro que a dada altura percebemos que não é um documentário (e se alguém achar que isto é um spoiler leva um tautau à maneira) mas o feeling mantém-se e, no geral, está muito bem concebido.

O segundo já é mais original. Admito que não sou um grande fã de filmes com senhores de outras galáxias, mas não me recordo de muitos filmes em que os extraterrestres são as vítimas. Quase todos os demais E.T.'s vêm cá raptar/colocar sondas anais (essa bela actividade) ou destruir o planeta, mas estes são os segundos - a seguir ao próprio do E.T. - que só querem ir para casa. E o mais giro é que estes não usam telefones.

Os "prawns", como lhes chamam, não usam telefones mas sim computadores roubados, anões e armas (uma destas opções é falsa!!!), com a ajuda de algo que não posso dizer porque senão estragava-vos o filme todo. O que interessa é que há drama não humano, alguma comédia e acção a rodos. Não me marcará para o resto da vida, mas é um excelente filme pipoca, que entretém muito bem.






E já agora deixo a dica ao Nuno Markl: a tradução portuguesa para prawns não está errada, rapaz, chamam-lhes prawns não por causa dos camarões, mas sim por causa deste gafanhoto, que se chama Parktown Prawn e é endémico da zona de Joanesburgo.

6 comentários:

  1. Oh que fixe, passa-se no dia de anos do meu papi :) Vou oferecer-lhe o filme, acho que é o género dele ;)
    Beijinhos

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  2. Na verdade só uma cena é que é no dia de anos do teu pai, mas sim...ele gosta tanto deste tipo de filmes que lhe deves oferecer o DVD ainda assim.
    Bj

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  3. Olha eu por aqui gostei! Confesso que já me estava a chatear o estilo documentário no início mas depois a coisa acelerou e foi porreiro :) Gosto de filmes com finais duvidosos, deixam muito à imaginação de cada um.

    E deixa lá o Markl pá! O rapaz não dorme o suficiente por causa do puto, dá-lhe um desconto!

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  4. ainda não vi o filme, mas ri-me algumas vezes com esta review...e também serviu para me relembrar do filme, já está a sacar lol.

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  5. I aim to please.

    Enquanto comentavas acabei de fazer outra SMR espacial, vai lá ver.

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  6. e não é que o filme me surpreendeu bastante pela positiva?!
    para um filme de pipoca, até não é assim tão ligeiro...mas claro que esta história poderia ter sido explorada de uma forma completamente diferente e ter saído dali um grande drama e crítica à Humanidade, ainda assim é muito competente como disseste, e acho que vai dar uma boa sequela.

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