segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Weekend update #2

Mais uma dose dupla,



Frost/Nixon: Um filme baseado numa peça de teatro baseada numa transmissão televisiva. Uma transmissão televisiva que pelos vistos foi um marco essencial na resolução (nem que psicológica) do caso Watergate. O filme não trata muito deste caso, a peça não sei e a transmissão estou certo que sim, o que pode ser uma vantagem ou uma desvantagem: para mim é desvantagem...não conheço muito bem o caso e fiquei sem saber mais do que sabia; para quem conheça a história é vantagem, porque o filme não é sobre Watergate, é sobre as entrevistas, os jogos de bastidores, a importância do estudo e o verdadeiro combate de boxe que se desferiu entre aqueles dois personagens históricos. É muito bem interpretado, mas fica aquém das expectativas, sinto que podia ter explorado muito mais a fundo tudo o que é abordado.



Vicky Cristina Barcelona: Os filmes do Woody Allen são quase como estes posts, vai saindo um de tempos a tempos, mais ou menos com uma regularidade previsivel. Este é o terceiro filme "europeu" do realizador novaiorquino por excelência e, apesar de ser bom, não consegue chegar ao seu topo (seu do Woody, o filme não chegar ao seu próprio topo seria algo estranho). Dizem que é o melhor dele dos últimos 20 anos, eu não concordo...o melhor dele dos últimos 20 anos é o Match Point, mas não é um filme à Woody Allen. É isso que as pessoas querem, um filme à Woody Allen ou um filme bom? É que este não é nem totalmente um nem noutro...é engraçado, entretém, tem muidas giras, tem actores que provavelmente são atraentes para as minhas queridas leitoras (ou leitores, que este é um blog muito do seu tempo), a história tem partes à Woody Allen (triangulos amorosos, pessoal neurótico) mas o que funciona bem durante o tempo em que estamos na sala prejudica o filme quando de lá saímos...é facilmente esquecido.

Ou seja, este fim de semana vi dois filmes razoáveis, mas nenhum que me tenha deixado embasbacado. E quem me conhece sabe que embasbaque é das minhas sensações favoritas!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Weekend update

Mais um fim de semana, mais uns para a colecção:



Changeling - A Troca: Mais um filme do Clint Eastwood, mais um filme que muito se fala poderá dominar os Óscares. Vai ganhar algum? Não sei, não acho que seja nada por aí além, mas preciso de ver os restantes "oscarizáveis" que devem estrear nestes próximos tempos.
Não é nada por aí além mas não é nada mau, também...é um filme muito bem realizado, com uma história altamente revoltante (um miudo desaparece, cinco meses depois a LAPD diz que o apanhou, a mãe diz que o miudo que lhe entregaram não é o filho dela, a LAPD diz que é e não admite o erro, etc. etc. etc.). É a história o que mais cativa no filme, dá-nos vontade de entrar na tela e desatar à chapada naqueles agentes que não querem admitir um erro, mesmo que isso destrua a vida de outra(s) pessoa(s). A nível técnico também não está nada mau (gostei da Angelina Jolie, consegue tornar-se bastante discreta, o que para ela deve ser complicado),mas é muito normal...e sou daqueles que acham que filmes normais não marcam a história do cinema



Paris: Este vi em dvd e em excelente companhia. Parei algumas vezes a história para conversar (algo que não costumo fazer) e por isso sinto que podia ter-me sentido mais ligado à história...terei de a ver de novo. Mas do que vi gostei, trata da vida de uns quantos personagens que pouco têm a ver uns com os outros, e (gostei disso) no final continuam a ter pouco a ver uns com os outros...apenas são unidos por uma cena final muito bem conseguida. Pergunta para aqueles que já o viram: qual acham que foi o destino do Pierre? Fez bem em não dizer adeus?

Adeus digo eu agora, até à próxima!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Üç maymun - 3 Macacos

Üç maymun - 3 Macacos: O filme é bom. Mas é lento. É lento mas não deixa de ser bom. É estranho, a história é interessante e o ritmo é o adequado para o que se quer transmitir (contenção, baby, contenção), mas ainda assim achei estranho estar a combater o sono num filme de pouco mais de 100 minutos, ainda mais quando dormi 12h na noite passada.

OK, não vamos debater a minha vida, falemos do filme. O título não é uma referência ao 12 Macacos, dividido por quatro, refere-se sim a uma famosa imagem (que, julgo eu, é baseada num ditado popular japonês): see no evil, hear no evil, speak no evil. E percebe-se o que querem dizer com esta referência, uma vez que esta história tem três protagonistas, todos eles parte de uma família que se mete num problema que nunca chega a ser discutido, é apenas aceite como natural e, como depois se verá, isso leva a consequências um bocadinho dolorosas para todos.

Mas não me vou alongar mais, para não estragar a história a quem a queira ver, deixo apenas uma última referência: se gostarem da parte técnica do cinema vão gostar bastante deste filme, o senhor Ebru Ceylan (art director) dá ao filme uma tonalidade fantástica, com uma fotografia quase integralmente sépia, mas com rasgos de cor nos momentos certos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Resumo do ano, até agora

Ora bem...vamos à dificil tarefa de escrever a primeira subjective movie review desta nova reencarnação. Como o ano ainda vai curto é fácil, certo? Errado! Tenho estado doente e por isso já foram vários os filmes contemplados, por isso desta vez têm direito a não uma mas quatro micro-reviews. Vamos a elas? Vamos embora!

Corrupção: Cabe a este pedaço de cócó a honra de inaugurar este estaminé, mas apenas por razões alfabéticas. O filme é mau mau mau mau mau mau mau mau mau mau mau (e olhem que eu só costumo escrever "mau mau mau", por isso estão a ver o quão mau isto é). Sim, eu sou portista, não não sou parvo e acho que sou objectivo ao ponto de me ser possível ver algo de positivo num filme cuja temática é (ainda que às escondidas) contra o meu clube. Mas isso era se o filme tivesse algo de bom, mas não...a história é má, a edição péssima, a banda sonora pior ainda, algumas cenas são tão mas tão ridículas que dão pena! E que história é aquela de a Sofia Salgado (sim, é o nome dela no filme) ser uma espécie de agente undercover? É que dão a ideia que ela só se juntou ao Sr. Presidente (sim, é o nome dele no filme) a pedido de um agente da PJ.

King of Kong: Um documentário sobre a competição para obter o record mundial do jogo Donkey Kong parece muito mau não parece? Pois parece, mas já tinha lido que era giro, dei-lhe uma oportunidade e valeu a pena. Não é uma obra prima da realização de documentários...é, aliás, tão básico (a nível técnico) que se calhar até eu era capaz de fazer aquilo, mas a forma como eles vibram com aquilo e (provavelmente) a edição é feita faz com que o filme seja quase um thriller em que só queremos é saber quem é que fica com o raio do recorde. Ah, e um dos competidores é dos gajos mais odiosos desde o personagem do Tom Cruise no Magnolia!

Ratatouille: Mais fraquinho do que estava à espera. O Wall*E é bem melhor.


Taxi to the Dark Side
: Este filme venceu o óscar de melhor documentário no ano passado e, não tendo visto os outros nomeados, posso dizer que acho que está bem entregue. Tema interessante, bem realizado e com uma característica que me agrada muito em documentários (mas não em blogs em que se escrevem críticas de cinema), uma tentativa (razoavelmente conseguida) de ser objectivo. Aconselho!

Ano novo, vida do costume

Olá olá amiguinhos!

Em fim de época natalícia vejam este post como um Rei Mago (atrasado, mas ainda assim Rei e não menos Mago)...voltaram as Subjective Movie Reviews, a mais afamada secção do meu saudoso livejournal.

O conceito é simples: vejo um filme novo, faço uma crítica, subjectiva. Não procurem opiniões esclarecidas e referências obscuras...para isso há sítios onde poderão ler objective movie reviews

Sejam por isso muito bem vindos!