domingo, 23 de agosto de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

The Boat That Rocked + Eurotrip + Two Lovers + Alive in Joburg

The Boat That Rocked:



Um filme sobre as rádios pirata que, durante os "loucos anos sixtes" (como diria o saudoso Mário Graça) parece, à partida, um bom ponto de partida: não houve altura mais hedonística que essa década...tirando, talvez, a seguinte...e dentro dos seus protagonistas não haverá muitos outros mais interessantes que aqueles que decidiram deixar de seguir as normas até então vigentes e viver pelos seus próprios padrões.
Foi isso que alguns dos dj's em que este filme se inspira fizeram: uma vez que era proibido passar música rock nas rádios inglesas (alguém me explica porquê? o filme devia ter abordado isso mas não o fez) muitos decidiram emitir em mar alto, usando rádios pirata como meio para fazer as suas músicas preferidas serem ouvidas por "metade da população do Reino Unido".
Com tão grande premissa e com um excelente grupo de actores (nomeadamente o Phillip Seymour Hoffman e o Rhys Darby) estava com algumas expectativas e se calhar foi isso que lixou tudo: não as consegui atingir, quanto mais exceder.
Tudo no filme é mediano, nada é terrivelmente mau e não posso dizer que não passei um bom bocado enquanto o vi, mas nem um minuto depois de sair da sala já o tinha esquecido, e desde então só pensei nele agora, enquanto escrevo esta SMR. Mau sinal, portanto.

Eurotrip:


Este vi porque reparei que ia passar na TV e pareceu-me ter lido em algum lado que era uma espécie de sequela espiritual do Road Trip, um filme já antigo mas que na altura me agradou enquanto comédia parva.
Se é ou não não sei, mas isto (não consigo chamar-lhe um filme) não me agradou nem sequer como imagem para induzir o vómito. É que há muito muito tempo que não via tanto disparate junto: a história é batidíssima (e a única conexão com o Road Trip - um tipo americano envia um e-mail para uma rapariga alemã pensando que ela é um gajo, mas afinal é uma miúda), não faz qualquer sentido (não estou a ver putos de 18 anos como aqueles a ter disponibilidade económica para vir à Europa assim do nada) e todo o filme está repleto de erros básicos (exemplo: num separador sobre uma viagem aparece um mapa da Alemanha com cidades deslocadas e a floresta negra do lado errado do país), bem como dá para ver que nem sequer se deram ao trabalho de filmar nos locais verdadeiros (qualquer pessoa que já foi a Amesterdão, mas qualquer mesmo(!), consegue perceber que aqueles não são os canais da cidade, nem o red light district, nem nada).
Perdoem-me a expressão, mas este filme é um cagalhão de todo o tamanho e a meu ver só tem um propósito útil: a fita e os dvd's que ocupa podiam ser queimados e trazer algum conforto a quem tenha frio.


Two Lovers:



Destes quatro que, por puro acaso e capricho meu (sinto-me poderoso! muahahaha), são analisados em conjunto o Two Lovers foi sem dúvida o que mais gostei.
Não é uma história tremendamente original: um homem bipolar mostra ao longo do filme que também é bi...gamo.
O tal senhor, Leonard Kraditor (interpretado de forma sublime pelo Joaquin Phoenix, um actor muito underrated e que se realmente já não fizer mais filmes (teoricamente este foi o último que ele fez) vai fazer bastante falta), pelos vistos tinha um casamento marcado (agora é que reparei que o parêntesis anterior é enorme, repararam?) mas aquilo correu mal e tentou matar-se. Mas a tentativa também correu mal e sobrevive, e depois nada corre mal. O homem orienta-se e bem! Não uma, mas duas meçoilas bastante bem parecidas aparecem na vida dele...uma apaixona-se por ele, outra fa-lo apaixonar-se. Com qual das duas é que ficará no fim? Não vou dar a resposta, mas...
Mas digo-vos que apesar de não considerar este filme um futuro clássimo está bastante bem feito e posso recomendá-lo de entre os que temos actualmente em sala. É verdade que tem algumas partes um bocado inacreditáveis (quando ele começa a dar-se com a personagem da Gwyneth Paltrow pensei para mim mesmo "Serei só eu é que não começo amizades assim?") mas a excelente cinematografia e - sobretudo - o desempenho do Joaquin (meu amigo!) valem o dinheiro do bilhete.


Alive in Joburg:

(Olá...eu sou o espaço onde devia estar o poster do Alive in Joburg. Não há poster porque a produção do filme tinha um orçamento demasiado baixo. Temos pena de estragar o esquema do João, mas é a vida)

Uma curta do mesmo realizador de um dos filmes que vai aí bombar no final do Verão, District 9. Na verdade é a curta em que esse filme se baseou. Não é bem a minha onda (é tipo Cloverfield) mas devo admitir que para curta inicial está bastante bem feita. Esperarei para ver como é que o filme, produzido pelo Peter Jackson, vai ficar.
E já agora fica a informação: podem ver o filme todo aqui.