Friends with Benefits:
Aqui há um ou dois meses estreou um filme com o Ashton Kutcher e a Natalie Portman. Chama-se No Strings Attached e é tão, mas tão parecido com o Friends With Benefits que quando procurei por um no IMDB aterrei no outro. Não o vou poder comparar com este porque não o vi, mas se a história é semelhante posso arriscar dizer que não é grande espingarda.
Friends With Benefits é a expressão americana para amigos coloridos e ao mesmo tempo um eufemismo fuck buddies. É isso que Dylan e Jamie começam por ser e é por aí que o filme começa. Podia ser uma coisa boa, uma espécie de anti-comédia romântica (como lhe chama a Empire, numa crítica mais positiva que a minha) em que os seus protagonistas já viram muitos filmes da Katherine Heigl e identificam as situações que lhes vão acontecendo, mas...mas há sempre um mas.
Mas a dada altura a história parece que entra nuns carris daqueles da Scalextric e o que poderia ser uma fuck-com (novo género cinemático?) leve mas divertida torna-se numa rom-com altamente previsível e aborrecida, em que a única coisa que não vimos já quinhentas vezes é a sub-história da família de Dylan em Los Angeles, desnecessária e penosa, quando o ainda não casalinho maravilha vai passar o 4 de Julho junto ao mar.
Muito se tem dito sobre a química que existe entre o Justin Timberlake e a Mila Kunis (alguém sabia que ela é ucraniana?). Dizem que é o que faz o filme sobressair e que, fossem outros os actores a interpretar o casal maravilha, o filme já não funcionaria tão bem. Permitam-me discordar, caros leitores, a Mila Kunis vai muito bem (se bem que não sou neutro, já aqui disse que gosto dela) mas o Justin não se safa senão numa cena em que goza com o "personagem" que ele próprio era quando fazia parte dos 'N Sync. O rapaz portou-se muito bem no The Social Network mas aqui não me agradou minimamente, quem diz que ele tem futuro neste tipo de filmes está certo, mas só porque estes filmes são muito pouco exigentes.
No final de contas não é um filme tão doloroso de se ver como o último que analisei, dá para ver num dia em que se queira desligar o cérebro mas não nos leva absolutamente a lado nenhum, nem sequer ao riso.
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