Já tinha ouvido falar bem deste filme durante o Indie Lisboa, onde alguns dos meus colegas o viram e onde - segundo me lembro - ficou em segundo lugar no prémio do público, por isso fiquei contente quando vi que o iam exibir fora do festival.
Assim que comecei a ver percebi o porquê de estar no Indie. Supostamente este é um biopic do antigo Primeiro-Ministro italiano Giulio Andreotti mas na verdade está longe de o ser, sendo-o. Eu explico, não só não é um biopic convencional como não tem muito a ver com o que normalmente se imagina num filme italiano. Pelo menos eu associo sempre o cinema italiano a um grande realismo e a temáticas mais tristes. Claro que há excepções, não entrem já em ebulição, mas se tivesse de escolher um pré-conceito seria esse.
Já Il Divo é mais próximo do preconceito que se tem dos italianos, é "loud" (em mais sentidos que apenas barulhento, ousado e - aqui apenas a política - tem muita corrupção. E o filme funciona bem por isso, se a história fosse contada de forma normal provavelmente seria na onda dos Homens do Presidente, muita conversa de corredor e algumas cenas de tribunal, aqui optou-se por receber influências do Padrinho, dando preferência às maquinações dos bastidores que, ao que parece, serviram para perpetuar o senhor no poder.
E o "senhor" merece destaque, o actor que o representa - Toni Servillo - faz um papelão! De resto o filme é bastante interessante, mas tem o problema de ser demasiado longo. No início estava a seguir tudo super atentamente, lá para o fim lá tive de olhar para o relógio, e isso em mim é mau sinal.
Assim que comecei a ver percebi o porquê de estar no Indie. Supostamente este é um biopic do antigo Primeiro-Ministro italiano Giulio Andreotti mas na verdade está longe de o ser, sendo-o. Eu explico, não só não é um biopic convencional como não tem muito a ver com o que normalmente se imagina num filme italiano. Pelo menos eu associo sempre o cinema italiano a um grande realismo e a temáticas mais tristes. Claro que há excepções, não entrem já em ebulição, mas se tivesse de escolher um pré-conceito seria esse.
Já Il Divo é mais próximo do preconceito que se tem dos italianos, é "loud" (em mais sentidos que apenas barulhento, ousado e - aqui apenas a política - tem muita corrupção. E o filme funciona bem por isso, se a história fosse contada de forma normal provavelmente seria na onda dos Homens do Presidente, muita conversa de corredor e algumas cenas de tribunal, aqui optou-se por receber influências do Padrinho, dando preferência às maquinações dos bastidores que, ao que parece, serviram para perpetuar o senhor no poder.
E o "senhor" merece destaque, o actor que o representa - Toni Servillo - faz um papelão! De resto o filme é bastante interessante, mas tem o problema de ser demasiado longo. No início estava a seguir tudo super atentamente, lá para o fim lá tive de olhar para o relógio, e isso em mim é mau sinal.
The Soloist:
De um biopic sui generis, passamos para um que é totalmente by the book. (Tanta expressão em estrangeiro! Sou mesmo fino...)
The Soloist conta a história de Nathaniel Ayers, um sem abrigo de Los Angeles que seria igual a tantos outros não fosse um pormenor que o torna especial, o seu dom para a música.
Antes de ser vítima da sua própria esquizofrenia, Nathaniel era um violoncelista com muito potencial, tendo mesmo chegado a estudar na conceituada escola Juilliard, que ao que sei é a melhor academia musical dos EUA e, provavelmente, do mundo.
Foi esse dom que o jornalista que o mostrou ao mundo, Steve Lopez, descobriu quando um dia, enquanto descansava numa praça da cidade e o ouviu tocar um velho violino com apenas duas cordas. O resto da história segue todos os cânones deste tipo de filmes: depois do encontro inicial, Lopez interessa-se por Nathaniel e começa a escrever histórias sobre ele no jornal em que trabalha. Desse interesse profissional surge uma amizade entre os dois, essa amizade a dada altura é posta à prova, há uma desilusão mas tudo se resolve antes do fim.
Foi por isso que não fiquei lá muito fã deste filme. Não é mau, e até tem momentos bastante bons, sobretudo pela actuação do Jamie Foxx, mas apesar da história ser curiosa não passa disso. Eu normalmente gosto muito de biografias, vejo-as como uma forma de viver coisas que na realidade não vivi, mas neste caso não consegui ter esta sensação, senti-me sempre um espectador de um filme, e nada mais.
The Soloist conta a história de Nathaniel Ayers, um sem abrigo de Los Angeles que seria igual a tantos outros não fosse um pormenor que o torna especial, o seu dom para a música.
Antes de ser vítima da sua própria esquizofrenia, Nathaniel era um violoncelista com muito potencial, tendo mesmo chegado a estudar na conceituada escola Juilliard, que ao que sei é a melhor academia musical dos EUA e, provavelmente, do mundo.
Foi esse dom que o jornalista que o mostrou ao mundo, Steve Lopez, descobriu quando um dia, enquanto descansava numa praça da cidade e o ouviu tocar um velho violino com apenas duas cordas. O resto da história segue todos os cânones deste tipo de filmes: depois do encontro inicial, Lopez interessa-se por Nathaniel e começa a escrever histórias sobre ele no jornal em que trabalha. Desse interesse profissional surge uma amizade entre os dois, essa amizade a dada altura é posta à prova, há uma desilusão mas tudo se resolve antes do fim.
Foi por isso que não fiquei lá muito fã deste filme. Não é mau, e até tem momentos bastante bons, sobretudo pela actuação do Jamie Foxx, mas apesar da história ser curiosa não passa disso. Eu normalmente gosto muito de biografias, vejo-as como uma forma de viver coisas que na realidade não vivi, mas neste caso não consegui ter esta sensação, senti-me sempre um espectador de um filme, e nada mais.
Adorei o The Soloist! E pronto... nada mais a acrescentar :)
ResponderExcluirChoraste?
ResponderExcluirNop, mas sorri :)
ResponderExcluirCom algumas semanas de atraso, vi o The Soloist.
ResponderExcluirNão adorei, mas achei bastante aceitável.
Fez-me recordar o "The Pursuit of Happyness", mas mais fraquinho.
Não achei assim tão parecido com esse. É é muito próximo do Ray, não só pelo actor principal mas pela história do músico com dificuldades físicas mas que as consegue vencer
ResponderExcluirComo não vi o "Ray", não posso pronunciar-me :(
ResponderExcluirCom o "The Pursuit of Happyness" de facto, só tem o facto serem sem abrigos afro-americanos ;)
Para mim, o "The Pursuit of Happyness" é magnifico, e este, é apenas aceitável.
Desculpem a minha incultura cinéfila...